Alguns alunos do 5º período do curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Federal do Piauí (UFPI) acusam um professor de ser homofóbico. O episódio aconteceu no dia 29 de agosto. O professor teria dito uma frase polêmica durante a aula. No dia 3 de setembro, a porta da sala do docente foi encontrada pichada e a Polícia Federal foi acionada para encontrar o autor do vandalismo.
Segundo relatos de estudantes, o docente teria dito em sala de aula que a “Aids fez bem para os gays”. Ele também teria falado que a doença estaria se espalhando por conta dos gays.
Uma aluna que prefere não se identificar, disse acreditar que o professor quis gerar um debate envolvendo gays e Aids, mas ao usar os dois na mesma frase, ele teria sido mal entendido.
Já outro aluno discorda da companheira de sala e afirma que o professor teria dito frases preconceituosas em outras aulas. “Esta não é a primeira vez que o professor mencionou palavras de preconceito contra homossexuais durante as aulas”, diz o aluno.
O diretor do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), Nelson Juliano, afirmou que não há registro contra a postura do professor em sala de aula. “Nenhum estudante ou funcionário da UFPI reclamou oficialmente do professor na Ouvidoria desta instituição. Sobre o incidente que ocorreu com os alunos do 5º período de história, é um caso isolado já que ele me explicou que estava tratando de temas como Aids e Homossexuais e foi mal entendido pela classe. Acusar um professor de homofobia porque se expressou erroneamente é um caso sério”, justifica o diretor.
Nelson Juliano contou ainda que o próprio professor chamou a Polícia Federal para fazer uma perícia com o objetivo de encontrar o responsável pela pichação na porta da sala. “Não há câmeras de segurança dentro do campus da UFPI, logo, não é possível identificar quem fez este ato de vandalismo. E também não é possível relacionar o mal entendimento em sala de aula com a pichação. Temos que aguardar a investigação da Polícia Federal”, argumenta.
O diretor do CCHL afirmou também que uma sindicância será aberta caso os policiais federais não comprovem quem fez a pichação, e se há alguma relação entre o incidente ocorrido em sala de aula.
Fonte;Gay1
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