O professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Glécio Machado Siqueira, de 36 anos, diz ser vítima de discriminação por homofobia por alunos do Campus deChapadinha, na região leste do estado Maranhão. O caso aconteceu no mês de outubro.
Em entrevista ao G1, o docente, que dá aulas de física e biofísica para estudantes dos cursos de biologia, engenharia agrícola e zootecnia, afirmou que três alunos de uma turma estariam insultando-o durante as aulas e que já houve uma tentativa de agressão dentro do banheiro masculino da universidade.
"Os estudantes envolvidos usaram palavras de baixo calão, inclusive 'bicha', além de terem dito que os títulos de mestre e doutor foram conquistados em troco de favores sexuais. É lamentável que um estudante não só use palavras de baixo calão, como também, perante os colegas de sala, desafiem minha competência. Não se trata de questionar ou não a metodologia de ensino, o que não se pode é, a pretexto de fazê-lo, achincalhar a formação profissional e a honra do professor", explica.
Por causa da tentativa de agressão, o docente estaria sendo obrigado a utilizar o banheiro feminino da instituição. "Quando estava usando o banheiro, um dos estudantes, ao me ver, saiu aos chutes pelas paredes dizendo que o banheiro era de homens e que bichas deviam fazer suas necessidades no mato. Quando comuniquei tal fato à Coordenação do curso, me foi sugerido tirar uma cópia da chave do sanitário das professoras", relata Glecio.
O professor procurou um advogado, registrou boletim de ocorrência e já comunicou o caso à UFMA. "A Coordenação do Curso de Engenharia Agrícola e de Agronomia foram avisados do ocorrido por meio de ofícios. A Pró-reitoria de Ensino (PROEN) e a Ouvidoria da UFMA foram informados por meio de e-mail, mas ficaram jogando a responsabilidade de apuração do caso uma para outra", diz o advogado Thiago Viana, que é presidente Comissão da Diversidade Sexual da OAB/MA.
"Foi ajuizada ação por danos morais contra um dos estudantes, por meio de advogado particular, e uma queixa-crime, por injúria e difamação, contra os três estudantes envolvidos, patrocinada pela nossa CDS - OAB/MA. O Boletim de ocorrência foi registrado em 18 de outubro e o termo circunstanciado de ocorrência no último 06 de novembro", completa o advogado.
"Os estudantes envolvidos usaram palavras de baixo calão, inclusive 'bicha', além de terem dito que os títulos de mestre e doutor foram conquistados em troco de favores sexuais. É lamentável que um estudante não só use palavras de baixo calão, como também, perante os colegas de sala, desafiem minha competência. Não se trata de questionar ou não a metodologia de ensino, o que não se pode é, a pretexto de fazê-lo, achincalhar a formação profissional e a honra do professor", explica.
Por causa da tentativa de agressão, o docente estaria sendo obrigado a utilizar o banheiro feminino da instituição. "Quando estava usando o banheiro, um dos estudantes, ao me ver, saiu aos chutes pelas paredes dizendo que o banheiro era de homens e que bichas deviam fazer suas necessidades no mato. Quando comuniquei tal fato à Coordenação do curso, me foi sugerido tirar uma cópia da chave do sanitário das professoras", relata Glecio.
O professor procurou um advogado, registrou boletim de ocorrência e já comunicou o caso à UFMA. "A Coordenação do Curso de Engenharia Agrícola e de Agronomia foram avisados do ocorrido por meio de ofícios. A Pró-reitoria de Ensino (PROEN) e a Ouvidoria da UFMA foram informados por meio de e-mail, mas ficaram jogando a responsabilidade de apuração do caso uma para outra", diz o advogado Thiago Viana, que é presidente Comissão da Diversidade Sexual da OAB/MA.
"Foi ajuizada ação por danos morais contra um dos estudantes, por meio de advogado particular, e uma queixa-crime, por injúria e difamação, contra os três estudantes envolvidos, patrocinada pela nossa CDS - OAB/MA. O Boletim de ocorrência foi registrado em 18 de outubro e o termo circunstanciado de ocorrência no último 06 de novembro", completa o advogado.
Repercussão
O deputado Jean Wyllys (PSOL), coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT e titular da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, afirmou, por meio de postagem divugada em sua página oficial no Facebook, que recebeu a denúncia do professor nessa quinta-feira (27).
O deputado Jean Wyllys (PSOL), coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT e titular da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, afirmou, por meio de postagem divugada em sua página oficial no Facebook, que recebeu a denúncia do professor nessa quinta-feira (27).
"Recebemos, hoje, a denúncia do professor Glecio Machado Siqueira, do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da UFMA - Universidade Federal do Maranhão [Oficial], de uma situação muito triste e que, infelizmente, ocorre em diversas instituições de ensino que não se pautam na garantia de um ambiente livre de toda forma de discriminação a professores e alunos", diz o deputado.
O parlamentar afirma que cobrará posicionamento ao reitor Prof. Dr. Natalino Salgado Filho. "Para que esta situação não ocorra novamente, nem seja entendida como uma regra entre os alunos. Esta é uma luta que vai além da questão do mútuo respeito; ela é estrutural, e precisa ser combatida!", conclui.
UFMA
Em nota encaminhado ao G1 nesta sexta-feira (28), a Administração Superior da UFMA diz que repudia qualquer tipo de discriminação e que está apurando os fatos para decidir quais providências serão tomadas.
Em nota encaminhado ao G1 nesta sexta-feira (28), a Administração Superior da UFMA diz que repudia qualquer tipo de discriminação e que está apurando os fatos para decidir quais providências serão tomadas.
Fonte:G1