sábado, 16 de maio de 2015

25 ANOS DE LUTA CONTRA HOMOFOBIA

Publicada originalmente no Portal Vermelho

Há 25 anos, no dia 17 de maio, as Nações Unidas (ONU) retiravam a homossexualidade do Código Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS). Considerada histórica, a data passou a marcar as celebrações do Dia Internacional de Combate à Homofobia, inclusive no Brasil.

Vítimas do preconceito e de manifestações de violência física e moral, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ainda lutam pelo reconhecimento de direitos sociais.

Apesar das dificuldades, no entanto, o país contabilizou avanços significativos na última década, com a crescente participação da sociedade civil em fóruns de discussão e organizações não governamentais e a execução de políticas públicas voltadas para a defesa e maior representatividade da população LGBT.

“Quando o governo coloca políticas LGBT no mesmo patamar [das outras], sem discriminação, isso é muito importante para a gente”, diz Sandra Muñoz, representante em Salvador da Rede Sapata e diretora do Movimento de Lésbicas e Mulheres Bissexuais da Bahia. Para Muñoz, a inclusão, pelo governo federal, da população LGBT na pauta dos Direitos Humanos é sinal de que há mais disposição da sociedade para dialogar sobre o assunto. “É do que precisamos: falar e ser ouvidos”, afirma a ativista, em depoimento ao Portal Brasil.

Atenta à gravidade das manifestações de caráter homofóbico, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) reforçou o atendimento pelo Disque 100 – Disque Direitos Humanos. Segundo o último balanço da secretaria, entre janeiro e abril de 2015, foram registradas 356 denúncias de violações de direitos humanos entre a população LGBT no País. Em 2014, foram registradas 1.013 denúncias.

Desde o início do ano, a secretaria promove oficinas de capacitação em parceria com Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, órgão colegiado composto por representantes da sociedade civil e do governo federal.

Para traçar um panorama mais amplo da situação da homofobia no País, a Secretaria de Direitos Humanos passou a publicar, a partir de 2011, o Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, um estudo pioneiro com dados sobre as violações de direitos humanos da população LGBT. O relatório cruza dados do Disque 100, do Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), e da Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde.

De acordo com a última versão da publicação, de 2013, houve um aumento do número de violações de direitos humanos entre 2011 e 2012. Em 2011, 6.809 violações de direitos foram registradas. No ano seguinte, saltaram para 9.982, um aumento de 46,6%.

Os dados da pasta confirmam que a estrada para a superação do preconceito à população LGBT é longa e sinuosa: entre os tipos de violações de direitos humanos mais comuns registrados pelo Disque 100 estão a discriminação e a violência psicológica, seguidas por denúncias de violência física.

Saiba como funciona o Disque 100
Serviço mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Disque 100 recebe denúncias sobre violações de direitos humanos, em especial as que atingem populações com maior vulnerabilidade.

O Disque 100 funciona 24 horas por dia. As ligações podem ser feitas a partir de telefone fixo ou celular, de qualquer estado do país e o anonimato é garantido. Todas as denúncias recebidas são encaminhadas, no prazo máximo de 24 horas, aos órgãos competentes para apuração das responsabilidades.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
 

AUDIÊNCIA PUBLICA VAI DISCUTIR À HOMOFOBIA NA CÂMARA MUNICIPAL NESTA QUARTA DIA 20

DA REDAÇÃO ONIX DANCE

Na próxima quarta-feira 20 de maio em uma iniciativa do combativo vereador Paulo Diógenes, acontece no auditório da Câmara Municipal de Fortaleza uma Audiência Pública para discutir questões relacionadas à Homofobia.
Uma iniciativa louvável do vereador, mas que para ser realmente bem sucedida precisa do apoio dos movimentos LGBTs e do público em geral que neste momento tem que comparecer em peso para lotar as galerias e mostrar nossa força aos vereadores.

SEVIÇO:
AUDIÊNCIA PÚBLICA EM ALUSÃO AO DIA 17 DE MAIO (DIA MUNDIAL DE COMBATE À HOMOFOBIA)
DATA: QUARTA-FEIRA 20 DE MAIO.
LOCAL: AUDITÓRIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA.
HORÁRIO: 15:00.
INFORMAÇÕES: (85)3444-8306


sexta-feira, 15 de maio de 2015

GOVERNO COLOMBIANO DECLARA O SEU APOIO AO CASAMENTO E ADOÇÃO POR PESSOAS DO MESMO SEXO

O ministro do Interior da Colômbia, Juan Fernando Cristo, reiterou o apoio do Governo à comunidade LGBT na sua luta para conquistar direito ao casamento e à adoção de crianças.

"O Governo nacional apóia a luta pela igualdade e atuaremos em conformidade, pois somos conscientes que isso passa pelo direito ao casamento igualitário e a adoção", afirmou Juan Fernando Cristo, durante um fórum sobre o tema organizado pela Fundação Bom Governo da Universidade dos Andes.

O ministro frisou que o Governo não deseja submeter "assuntos de direitos à vontade das maiorias" já que "o respeito pelos direitos não é opcional".

Juan Fernando Cristo afirmou que o Governo está consciente que os colombianos, segundo as pesquisas, estão contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas garantiu que o Executivo acredita na igualdade para todos e por isso se compromete a assumir a luta "em um cenário que não é fácil".

O ministro sublinhou que, desde que o Governo liderado pelo Presidente Juan Manuel Santos assumiu o poder, foram tomadas medidas regulamentares e administrativas, na sua esfera de competência, de modo a que os direitos da comunidade LGBT fossem respeitados.
Com informações:RTP

GOVERNO DO CEARÁ LANÇA CAMPANHA DE COMBATE À HOMOFOBIA

O Governo do Estado do Ceará, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT, lançará, nesta sexta-feira (15), na Praça da Gentilândia, no bairro Benfica, a campanha “Ceará de cidadania contra a homofobia”. O esforço visa combater a discriminação e a violência contra LGBT e promover a cidadania desta população em todo o território cearense, respeitando as especificidades individuais.

Com shows de Deidyanne Piaf, Rayanna Rayovack, Pérola Negra de Haddukan, Adma Shiva, Kebra Mola e da banda The Dillas, o lançamento faz referência ao Dia Internacional de Combate à Homofobia, comemorado no próximo dia 17 de maio. Foi no ano de 1990 que a Assembleia Mundial de Saúde retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID) e consagrou a luta dos movimentos sociais ao calendário.

Para o coordenador de Políticas Públicas para LGBT, Narciso Júnior, o lançamento marca o compromisso do Governo com a comunidade. “Nós queremos fazer com que todos os setores do Governo estejam abertos para dialogar e realizar as políticas públicas necessárias, afim de garantir que o cidadão LGBT, de todo o Estado, se sinta acolhido por um governo comprometido com essa população”, afirmou.

Através do eixo “Ceará acolhedor”, previsto no 7 Cearás, do Plano de Governo 2015/2018, a Coordenadoria Especial já vem promovendo a cidadania, a produção, a implementação e o monitoramento de políticas públicas transversais para a população LGBT. O órgão, que funciona na rua Silva Paulet, nº 334, no Meireles, trabalha ainda no combate à homofobia com a disseminação de informações sobre os direitos homossexuais.

A ação é resultado de uma parceria entre as Coordenadorias do estado e do município.


Serviço:Local: Praça da Gentilândia (Av. 13 de Maio, S/N - Benfica)
Dia: sexta-feira (15)
Hora: 19h
Com informação Gov. do Estado do Ceará

domingo, 10 de maio de 2015

MUSEU DA PESSOA CRIA CAMPANHA PARA CONTAR HISTÓRIAS DE VIDA DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS

Com informações:Catraca Livre


Através do site Kickante, especializado em financiamento coletivo (crowdfunding), o Museu da Pessoa criou uma campanha para ampliação do projeto “TransHistórias”, que tem como finalidade registrar e preservar a história de vida e a memória de travestis e transexuais.
O "TransHistórias" é realizado em parceria com o Instituto Barong, que, em 2014 gravou a história de vida de 5 travestis e transexuais vítimas de tráfico humano, exploração, violência, DST/HIV/AIDS e discriminação. Nesse ano, o objetivo é realizar mais 10 entrevistas que serão feitas através da metodologia de memória oral do Museu da Pessoa e inseridas numa coleção exclusiva no portal do museu.
A ideia, segundo Karen Worcman, presidente do Museu da Pessoa é “registrar e divulgar a história de vida de cada uma das travestis é uma ação de grande importância para o combate à discriminação e a valorização da vida.” Ela ressalta ainda que “esse projeto se identifica muito com a missão do museu na busca diária para que todos sejam reconhecidos através de suas histórias de vida, e dessa forma possamos mudar a maneira pela qual enxergamos o mundo.”
A campanha segue até 27 de Junho e terá como meta alcançar o valor de R$ 40.000 em doações.