O que começou como uma divertida brincadeira, agora toma
proporções virais e já passa de todos os limites do bom senso.
O que se vê no Ceará e mais precisamente em Fortaleza, é um
desfile de faixas com os mais variados “títulos” sem sentido, “ganhos” em
votações na internet sem critérios ou julgamentos justos, de quesitos
indispensáveis para se eleger uma Miss de fato e de direito.
Claro que ainda existem aqueles que defendem os tais
concursos de internet, mas os argumentos em favor dessa prática são tão frágeis
que nem vale a pena citá-los.
CRITÉRIOS UNIVERSAIS PARA SE ELEGER UMA MISS.
Melhor traje típico, melhor vestido, cabelo, maquiagem,
melhor passarela, isso só para citar alguns dos critérios observados pelas
comissões julgadoras para se escolher a grande vencedora entre candidatas que
se esforçaram e claro gastaram com trajes, com make-up, cabelo etc. Vale
salientar que uma candidata sentada na frente de um teclado não teve que fazer
nada mais, que mandar uma foto retocada para a “organização” do concurso de
internet, ser amiga de quem faz, ou pior ainda ser a própria dona do mesmo para
depois sair por aí posando de MISS CPU,
como se tivesse o mesmo direito legal e moral de quem foi eleita em um concurso
real e obedecendo todos os critérios indispensáveis, para carregar uma faixa.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Como se não bastasse a banalização dos concursos de beleza
gay pelos quais o Ceará tornou-se referencia em todo país e que agora virou
motivos de piada justamente pela quantidade de “misses” de internet que
“desfilam” em eventos por aí, os donos desses concursos virtuais ainda se
apropriam sem nenhuma cerimônia e se valendo do anonimato, de marcas
consagradas ao longo de anos de trabalho duro e responsável como é o caso do
Miss Gay Ceará e do Miss Gay José Walter, que juntos somam 52 anos de tradição
e que já elegeram nomes como Amanda Marques, Adma Shiva, Flavia Fontenelle,
Naara Vuitton e tantas outras estrelas que são referencia quando se fala em
beleza gay cearense ai neste caso o crime de Apropriação indébita é crime previsto no artigo 168 do Código Penal
Brasileiro que consiste no apoderamento de coisa alheia.
Sendo assim já é chagada a hora de que não
somente quem inventa tais concursos se conscientizarem de que estão além de
tudo cometendo um crime, mas quem sonha em ser miss, terem a noção de que ao
pular estágios para conseguir um objetivo de maneira “fácil” e sem nenhum
esforço, estará se sujeitando e expondo a si mesma ao escárnio público, afinal
não dá para levar a serio uma faixa “ganha” na internet e que já é chamada de MISS CPU.
Da Redação Onix Dance