Cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Guarda Civil Metropolitana, estão reunidos nesta sexta (21) em protesto contra a aprovação, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, do projeto conhecido como "cura gay".
A concentração acontece desde as 18h na praça Roosevelt (centro), mas, por volta das 19h, manifestantes subiram a rua da Consolação e chegaram à avenida Paulista por volta das 20h.
Eles pararam diante do escritório da Presidência da República em São Paulo, na esquina com a rua Augusta e lançaram vaias em direção ao prédio. Depois, foram até o vão livre do Masp, onde agora ocupam a pista e a calçada.
Alguns estabelecimentos, como o Shopping Center 3 e o Conjunto Nacional, chegaram a baixar as portas durante a passagem dos manifestantes.
O protesto foi convocado pelas redes sociais e tem apoio do Conselho Federal de Psicologia. Os psicólogos, principalmente, defendem que o ato continue na praça.
O projeto aprovado na Câmara revoga duas resoluções do conselho que proíbem que psicólogos realizem tratamentos para curar a homossexualidade.
Foram gritadas palavras de ordem e exibidas faixas contra o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos.
O autor do projeto, deputado João Campos (PSDB-GO), foi citado em apenas um discurso e uma faixa.
O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP) discursou no evento e atacou o "projeto bizarro" que tramita na Câmara. "Fora Feliciano e viva Daniela Mercury", gritou.
APROVAÇÃO
Sob o comando do deputado federal Marco Feliciano, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou na última terça-feira (18) projeto que permite aos psicólogos promover tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade.
A votação foi simbólica: durante o debate, apenas os deputados Simplício Araújo (PPS-MA) e Arnaldo Jordy (PPS-PA) discursaram contrários ao texto. Araújo tentou adiar a votação com pedidos de leitura da ata da última sessão e retirada do projeto da ata --ambos foram rejeitados.
Fonte:Folha