sexta-feira, 31 de outubro de 2014

REELEIÇÃO DE DILMA FORTALECE AS AÇÕES PROPOSTAS PARA A DEFESA DE PARCELAS MAIS FRÁGEIS DA SOCIEDADE: NEGROS, MULHERES E LGBTS

Aproveitando o debate político do período eleitoral, não podemos deixar esfriar as discussões a respeito da igualdade de direitos entre os vários núcleos da diversidade sexual. O discurso heteronormativo, se esgota à medida que conceitos inclusivos são aceitos e passam a fazer parte do debate social. São conquistas que corroboram com o novo padrão de cidadania que vai se impondo com mais esse exercício da democracia.
 
A reeleição de Dilma Rousseff fortalece a cobrança das ações propostas para a defesa de parcelas mais frágeis da sociedade, como negros, mulheres e LGBTs (Lésbicas, Gays, Travestis, Bissexuais e Transexuais).
 
Já nos primeiros momentos de reeleita, pudemos observar o seu empenho nas mudanças, atendendo as reivindicações das ruas nas manifestações de Junho de 2013. O plebiscito pela reforma política, que põe o povo à frente do processo, e a construção de uma política defensiva e inclusiva a esses grupos continuamente oprimidos.
 
Na entrevista ao SBT, Dilma reafirmou sua posição de lutar pela criminalização da homofobia, e reforçar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) com relação ao casamento igualitário. Discurso que já havia sido feito na campanha e que agora se confirma.
 
O certo é que este segundo governo da Era Dilma começou muito mais asséptico. Pudemos notar a ausência de elementos politicamente patogênicos como o senador Magno Malta (PR), papagaio de pirata. Malta, que foi uma sombra negra no primeiro mandato de Dilma, mas agora está totalmente alijado do Planalto. Só isso já prenuncia um arejamento nas decisões presidenciais.

Aliás, entre os grandes perdedores desse pleito ele figura como a imagem do fracasso. Suas tentativas todas desembocaram no fosso fétido da demagogia e do oportunismo, e não resultaram em nada. Ao lado do fanatismo fundamentalista de Malafaia e o tal Everaldo, que tentaram se apoiar na maledicência de Feliciano e Bolsonaro. Com o apoio deles, estava aberta a cova do Aécio.
 
Marina Silva, afinal figurou como um grande equívoco. Sem conseguir ser o cabo eleitoral prometido, demonstrou a sua real fraqueza política, esfacelou a sua Rede e entrou para a história como a campeã das mudanças. Não as mudanças que o eleitor ansiava, mas a falta de uma personalidade forte, uma personagem volúvel e sem ideologia, que se vende a preço baixo. Capaz de tudo pela frustração de ter sido preterida por Lula para substituí-lo.
 
Em fim! Dilma acena com o diálogo. Consulta as bases populares e democráticas e se faz prenúncio de um novo tempo. Tempos difíceis é certo, mas com o apoio de quem já fez e ainda tem muito fazer. Sua proposta é de paz, como o branco que vestiu junto com Lula no primeiro discurso após a vitória sobre Aécio. A nós, LGBTs, a esperança da inclusão maior, ao lado de uma construção verdadeiramente democrática, com oportunidades iguais e justiça social.
 
Hoje o Brasil mais maduro é um avião que se posiciona para decolar num aeroporto sem porteiras. Vamos arregaçar as mangas. Temos muito trabalho pela frente.

Luiz Felipe Rocha da Palma (Phil Palma) é publicitário. Nas "horas vagas" (às quartas) comanda o programa “Praia do Phil” pela Rádio Universitária FM, onde defende os LGBTs e denuncia a homofobia. Fale com o autor: philpublicitario@gmail.com

SETE PESSOAS FORAM DETIDAS PELA POLÍCIA APÓS DENÚNCIAS DE AGRESSÃO CONTRA HOMOSSEXUAIS NO CENTRO DE SP

Um grupo de sete pessoas foi preso pela Polícia Militar na madrugada do último domingo (26) após denúncias de agressão contra um casal de homossexuais na avenida Nove de Julho (região central de SP).
Por volta da 1h, a PM recebeu pelo 190 uma sequência de denúncias de que pessoas homossexuais foram agredidas por homens carecas na região. Viaturas foram encaminhadas para o local e encontraram os suspeitos na esquina da rua Augusta com a rua Peixoto Gomide, na Consolação (região central). 
O grupo recebeu os policiais com pedradas, mas foi detido.
O caso foi encaminhado ao 78º DP. A polícia suspeita que os homens fazem parte da gangue dos skinheads.
Com informações;R7

MINISTÉRIO PÚBLICO RECONHECE DIFICULDADE DE TRABALHO PARA TRANSEXUAIS

Da Agência Brasil

Em audiência pública nesta sexta-feira (31), na qual o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios pôs em discussão a discriminação à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros), a promotora Renata Coelho, do Ministério Público do Trabalho (MPT), destacou a existência de discriminação institucional em relação à empregabilidade do referido público, em razão da orientação sexual. Em especial quando se trata dos que mudaram de sexo - os chamados transgêneros.
Ela falou da necessidade de políticas públicas que deem respostas adequadas aos problemas gerados pela intolerância ao público LGBT. Nesse particular, disse que não se pode esquecer das relações de trabalho. "Temos conhecimento de casos de pessoas capazes de assumir papeis importantes no mercado de trabalho, mas que, em razão de suaorientação sexual, não consegue emprego. Muitas vezes, se conseguem, não têm a mesma oportunidade de ascensão na carreira", ressaltou.

De acordo com Renata, a discriminação na hora de conseguir emprego é visível, e não se restringe apenas a um ou outro grupo. "Nós temos 50% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), formada por negros. No MPT, eles são apenas 5%. Dá pra contar nos dedos quantos procuradores federais negros existem no país", acrescentou.
No caso dos transgêneros, o próprio atendimento em hospitais gera desconforto, de acordo com a transexual Bianca Moura de Souza, funcionária pública e militante da organização não governamental Nave Trans pelos direitos LGBT. "A gente luta para conseguir que as meninas transexuais sejam chamadas pelo nome social delas, mas muitas deixam de ir aos centros de atendimento porque, na hora de serem chamadas, ainda que com roupas que identifiquem sua identidade, é o nome masculino que é gritado".
O Distrito Federal tem um decreto que versa sobre o uso do nome social nas secretarias, ainda que a regulamentação seja responsabilidade de cada secretaria. Falta, porém, uma regulamentação que valha para todos.

'UM DIREITO MEU', DIZ TRANSEXUAL QUE FARÁ ENEM USANDO NOME SOCIAL

Pela primeira vez transexuais terão o direito de utilizar o nome social junto com o civil durante o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma das candidatas que adotará a medida é a piauiense Maria Laura dos Reis, 36 anos, que fará a prova pela quinta vez. Ela diz nunca ter sofrido por causa do preconceito e quis apenas garantir o seu direito.
"Vou fazer o Enem com o nome social por questão de garantir um direito meu e não porque tive problemas com relação a abordagem das pessoas comigo. A questão da transexual adotar o nome social na prova é por causa do tratamento e não para substituir o nome civil, pois o documento que nós devemos apresentar no dia será o CPF e carteira de identidade", declarou.
Para Maria Laura, a medida adotada é necessária para dar início a uma nova forma de abordar e acolher as pessoas transexuais. Como militante do movimento LGBT, a candidata elogia a ação do Ministério da Educação após casos de transexuais terem sofrido constrangimento dos fiscais na edição passada do exame.
"Acredito que pela educação haverá todo este processo de sensibilização, conscientização e formação de opiniões. Se existe uma preocupação do Ministério  com relação a nós, então acredito bastante que este é o primeiro passo para cada vez mais promovermos esta cidadania tão almejada pelas pessoas trans nos mais diferentes espaços", declarou.
A candidata fará novamente o Enem na tentativa de conseguir uma vaga para o curso de serviço social na Universidade Federal do Piauí. Ano passado, ela ganhou uma bolsa em logística do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec) através da nota do Enem. "Enquanto não realizo meu sonho, estou me qualificado. Tenho mais identificação pela área social e quando entrar no ensino superior pretendo colaborar com outras trans que ainda são tão discriminadas", ressaltou.
A edição de 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá 95 candidatos e candidatas transexuais com autorização do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para usarem seu nome social durante a prova. Segundo a assessoria de imprensa do Inep, as 95 solicitações feitas foram atendidas.
Para poder garantir o direito, os candidatos e candidatas precisaram ligar para um telefone de atendimento e solicitar um formulário específico. Entre as opções estavam a designação em sala de aula conforme a ordem alfabética do nome social, o tratamento dado pelos fiscais e se vão querer usar o banheiro masculino e feminino.
Com informações:G1

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

TIM COOK: “SER GAY FOI UM DOS MAIORES PRESENTES QUE DEUS ME DEU”

Tenho orgulho de ser gay e considero que ser gay foi um dos maiores presentes que Deus me deu”. A frase do presidente-executivo da Apple num artigo ao assumir publicamente a sua homossexualidade não podia ser mais clara. A ideia foi mesmo essa. Isso e declarar que apesar de não ser um ativista na comunidade gay não vai de deixar de defender os seus direitos. “Irei pessoalmente defender a igualdade para todos até os meus dedos dos pés apontarem para cima”.
Tim Cook escreve na edição desta quinta-feira da Bloomberg Businessweek. No artigo fala da sua sexualidade e de como esta foi recebida na Apple e a forma como influenciou o seu percurso pessoal e profissional.
O homem que sucedeu no cargo o carismático Steve Jobs há três anos sempre quis “manter um nível básico de privacidade” e que a Apple fosse apenas citada pelos seus produtos e pela sua utilização. Citando uma frase de Martin Luther King – “O que estás fazendo pelos outros?” –, Cook explica que o desejo de manter privada a sua vida pessoal o impedia de fazer “algo muito mais importante”.
“Durante anos, fui aberto com muitas pessoas sobre a minha orientação sexual. Muitos dos colegas na Apple sabem que sou gay e isso não parece fazer diferença na forma como me tratam. Claro que tive a sorte de trabalhar numa empresa que adora a criatividade e a inovação e sabe que só pode florescer quando aceitarmos as diferenças das pessoas. Nem todos têm tanta sorte”, escreve.
Se até agora a sua homossexualidade era mantida em privado, Tim Cook diz que chegou o momento, aos 53 anos, de falar. “Por isso deixem-me ser claro: Tenho orgulho de ser gay e considero que ser gay foi um dos maiores presentes que Deus me deu”.
O dirigente diz que a homossexualidade permitiu que compreendesse melhor o que é ser uma minoria. Possibilitou-lhe tornar-se mais “empático”, ter “confiança” em ser como é e ser superior à “adversidade e fanatismo”. “Também me deu a pele de um rinoceronte, o que dá muito jeito quando se é CEO da Apple”.

Tim Cook afirma que “parte do progresso social é entender que uma pessoa não se define apenas pela sua sexualidade, raça ou género”. “Sou um engenheiro, um tio, um amante da natureza, um doido por fitness, um filho do Sul, um fanático por esportes, e muitas outras coisas. Espero que as pessoas respeitem o meu desejo de me concentrar nas coisas para as quais estou mais preparado e no trabalho que me traz alegria”.
Com informação Portugal

JOGADORA DE FUTEBOL MORRE ENFORCADA APÓS BRIGA COM NAMORADA

Uma promissora jogadora de futebol foi encontrada morta aos 20 anos, enforcada em sua casa em um subúrbio de Londres. De acordo com o jornal Mirror, Katie Sheppard, meio-campista do time feminino do West Ham, havia brigado dias antes com a namorada, Nancy Richardson, que não queria contar para seus pais sobre o relacionamento das duas. O caso aconteceu em julho.
O corpo de Katie foi encontrado por seu padastro, Nathaniel Hall. Segundo a polícia, a família de Katie já sabia de seu namoro com Nancy. Na última terça-feira, as autoridades levantaram a hipótese de as duas terem tramado um pacto suicida, que só a jogadora do West Ham cumpriu.
De acordo com a mãe de Katie, a filha estava incomunicável nos dias anteriores à sua morte. A polícia atestou que o tom das mensagens de texto enviadas por Katie para Nancy mudou subitamente em seus últimos dias, com a atleta "gritando" com o uso de letras maiúsculas e bastante irritada pelo fato de Nancy não revelar o namoro aos pais.

No quarto em que Katie morreu, foi encontrado uma nota escrita à mão com as palavras "Deus, me perdoe, eu me sacrifico para ti e para teu reino". A nota estava assinada com o desenho de um caixão com a letra "K". Registros médicos também atestaram a prescrição de antidepressivos para Katie, mas nenhum dos remédios foi encontrado em sua casa.
Com informações:Terra

PRONATEC OFERECE 241 VAGAS PARA CURSOS PROFISSIONALIZANTES EM FORTALEZA

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) oferece, por meio da Secretaria de Trabalho Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra), 241 vagas em cursos profissionalizantes em Fortaleza. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas em um dos 26 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) da Capital.
Os cursos disponíveis pelo programa, que são de formação inicial e continuada, abrangem as áreas de aplicador de revestimento cerâmico, eletricista instalador predial de baixa tensão, agente de gestão de resíduos sólidos, assistente de controle de qualidade, armador de ferragem, torneiro mecânico, encanador e instalador predial. A iniciativa é voltada para a inserção dos alunos no mercado de trabalho, e os cursos têm duração minima de 160 horas.


Além das aulas, os alunos participantes recebem material didático e auxílio para transporte alimentação. Para realizar a inscrição, os candidatos devem apresentar uma declaração com o Número de Inscrição Social (NIS), Registro Geral (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF) e comprovante de residência. 
Para participar, é necessário ser maior de 16 anos e estar cadastrado ou em processo de cadastramento no Cadastro Único (CadÚnico), mesmo que o candidato não seja beneficiário do Programa Bolsa Família ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Mais informações: CRAS Mucuripe - Rua Professor Luís Costa, 142 - Mucuripe
Telefones: 3452-7349/3263-4508
Com informações:Diário do Nordeste

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

DILMA FALA EM CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA EM ENTREVISTA

A criminalização da homofobia e a união de casais homoafetivos apareceram pela primeira vez na série de entrevistas que a presidenta Dilma Rousseff tem dado para quatro emissoras de tevê aberta nesta segunda e terça.
“Darei integral apoio a isso [a criminalização da homofobia]. Acho que essa é uma medida civilizatória. O Brasil tem que ser contra a violência que vitima a mulher, a violência que, de forma aberta ou escondida, fere os negros, que são maioria da população. E contra a homofobia, porque isso é, de fato, uma barbárie”, afirmou a presidenta em entrevista aojornalista Kennedy Alencar gravada e exibida na noite desta terça-feira, 28, no SBT.
Sobre a união de casais homoafetivos, Dilma afirmou que, quanto ao casamento religioso, cada igreja deve decidir sua posição. “Apoio a decisão tomada na suprema corte que reconheceu todas as características do casamento civil”, completou.
Ao final da conversa, o jornalista listou esse e outros temas que apareceram durante a campanha, pedindo que a presidenta as comentasse. 
Com informações:Carta Capital