Um grupo de jovens foi detido na tarde de sábado, suspeito de ter pichado frases de intolerância religiosa na parede da Matriz da Igreja Católica da cidade de Santa Helena, no interior do Paraná. Nas paredes da igreja, podia-se ler frases como "Deus é Gay", "Pequenas Igrejas, Grandes Negócios" e "Fuck the religion".
Segundo a Polícia Militar, os jovens que praticaram o ato na madrugada de sexta-feira foram encontrados graças à ajuda da população, que denunciou o paradeiro de um deles. "Nós recebemos uma informação via 190 sobre o paradeiro de um dos suspeitos. Pelas características descritas pelo denunciante, chegamos à conclusão de que se tratava de um rapaz que já é conhecido por nós, já que estava registrado no nosso sistema", disse Edson Bottini, sargento da Polícia Militar.
O suspeito em questão era Luis Antonio Alves de Souza, 19 anos, que já havia cometido outras infrações, como desrespeitar a lei do silêncio. Quando abordado pela PM, Souza confessou que participou do ato ao lado de dois colegas: André Rodrigues da Silva, 20 anos, e Márcio Jorge de Oliveira, 19 anos.
Os três foram detidos e levados para a delegacia de Santa Helena. Em depoimento, os suspeitos disseram que já queriam fazer algo do tipo há algum tempo. "Eles já estavam planejando isso. Na opinião deles, todas as religiões representam uma farsa e, na tarde de quinta-feira, eles acabaram se reunindo e comprando a tinta", disse o sargento.
Após a ingestão de bebidas alcoólicas, os jovens "tomaram coragem" e colocaram o plano em ação. O ato contra o cultos religiosos foi descoberto no amanhecer do dia seguinte. "A população ficou um pouco revoltada, pois ofenderam a religião como um todo, não ofenderam apenas a Igreja Católica. Foi uma ofensa de forma generalizada", falou Bottini.
Após prestarem depoimento, os jovens assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), se comprometendo a comparecer ao Fórum para uma audiência, que foi marcada para o dia 12 de junho.
Em nota oficial, a paróquia Santo Antônio condenou a ação dos jovens. Em um trecho do documento, a entidade lembrou que a legislação brasileira "dá o direito de expressão a todos os cidadãos, mas também exige respeito pelo patrimônio alheio, inclusive criminalizando atos de vandalismo e pichação".
O ato foi considerado uma blasfêmia e a paróquia exigiu que ele seja investigado.
Fonte:Terra