sexta-feira, 20 de setembro de 2013

ASSOCIAÇÕES CRITICAM DETENÇÃO DE DUAS JOVENS LÉSBICAS APÓS BEIJO EM SP

Entidades de defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais criticaram a detenção de duas jovens que se beijaram na boca durante culto evangélico em praça pública de eventos em praia de São Sebastião (SP). A prisão aconteceu a pedido do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). Yunka Mihura Montoro, de 20 anos, e Joana Arrabal Alhares Pereira, de 18, participavam de um protesto durante o evento e dizem ter sido agredidas pela Guarda Municipal da cidade. Imagens feitas pelo público mostram elas sendo arrastadas depois que o pastor e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara afirmou ao microfone no palco do evento que as manifestantes eram “cachorrinhos” e pediu que as forças de segurança as levassem algemadas do local.

As jovens foram algemadas e levadas num camburão, prestaram depoimento na delegacia e registraram queixa de agressão e abuso de autoridade contra a Guarda. Elas passaram por exame de corpo de delito e foram liberadas.

"Isso é um absurdo. Manifestação de afeto não é crime no país. Isso só demonstra a forma fascista como esse deputado tem se posicionado frente à nossa comunidade. A Guarda agiu errado, pois não havia nada que pudesse ser motivo de detenção" criticou Carlos Magno, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).

Magno disse que pretende entrar em contato com as jovens detidas e não descarta a possibilidade de pedir a deputados que defendem a comunidade LGBT para que entrem com pedido de quebra de decoro na Câmara dos Deputados. O advogado das jovens afirmou que vai processar Feliciano e levar o caso à Câmara e à Secretaria de Direitos Humanos da presidência da República.

Para Fernando Quaresma, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, o que causou mais espanto não foi a atitude do deputado, mas sim o fato de a Guarda Municipal ter levado as garotas para a delegacia algemadas.

"Marco Feliciano já mostrou que é uma pessoa desinformada, de puro preconceito. Mas o que assustou mais foi o fato de a Guarda, que tem que ficar a serviço do povo, que é paga pelo povo, acatar e prender pelo simples afeto público. Os casais heterossexuais também vão ser presos porque se beijam? Se o beijo público for um crime, nós não vamos ter mais local suficiente para prender as pessoas" afirmou Quaresma.

Na opinião de Quaresma, a detenção é grave especialmente por ter acontecido em local público:

"Se ele (Feliciano) não quer ver ninguém se beijando no culto dele, que faça o culto dentro da igreja. A rua é pública".

Na opinião do presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, a atuação de Feliciano tem incentivado crimes contra LGBTs.

"Quem tem que ser preso é o Feliciano, porque ele tem sido uma espécie de mentor intelectual durante anos. Ele tem que ser responsabilizado por crimes que que estão sendo realizados contra a comunidade LGBT. Vivemos em um estado laico e as pessoas têm o direito de ir e vir" disse Cerqueira, que cobrou que se abra um processo administrativo para punir o comportamento da Guarda Municipal.

No Twitter, o deputado Marco Feliciano defendeu a ação da Guarda Municipal e afirmou que as jovens cometeram crime do artigo 208 do Código Penal, que prevê prisão de um mês a um ano e multa para quem escarnecer ou perturbar culto religioso.

A prefeitura de São Sebastião, em nota à imprensa, defendeu a detenção das jovens com base na lei que condena ofensas a cultos religiosos e disse que está apurando se houve excesso por parte dos agentes.
Fonte:

PAPA: IGREJA NÃO PODE "INTERFERIR ESPIRITUALMENTE" NA VIDA DOS GAYS

O Papa disse que a Igreja tem o direito de expressar suas opiniões, mas não pode "interferir espiritualmente" nas vidas de gays e lésbicas. Em uma entrevista divulgada nesta quinta, Francisco afirmou também que as mulheres deveriam ter papel nas decisões da Igreja e desconsiderou as críticas daqueles que dizem que ele deveria lutar contra o aborto e o casamento entre homossexuais. 
A entrevista, divulgada hoje pela revista La Civiltà Cattolica e traduzida em diferentes línguas (leia na íntegra, em inglês), aprofunda a visão de Franciso a respeito da Igreja Católica Romana. Eric Marrapodi e Daniel Burke, comentaristas de religião da rede de TV americana, acreditam que os comentários do Papa não fere a política ou a doutrina católica, mas mostram um movimento que vai da censura ao engajamento (em relação à polêmica).
"A Igreja, às vezes, se fecha em si mesma em coisas pequenas, em regras pequenas", disse o chefe da Igreja de Roma. "As pessoas de Deus querem pastores, e não clérigos agindo como burocratas ou oficiais do governo", acrescentou. Segundo Francisco, se a Igreja falhar em achar equilíbrio entre as missões espiritual e política, "vai ruir como um castelo de cartas".
Sobre os divorciados e homossexuais, Francisco disse que "é preciso ter sempre em conta à pessoa" e acrescenta: "Deus acompanha às pessoas e é nosso dever acompanhá-las a partir de sua condição", mas o que deve ser feito com "com misericórdia". "Uma vez uma pessoa, para me provocar perguntou se eu aprovava a homossexualidade. Então respondi com outra pergunta 'Diga-me, Deus quando olha uma pessoa homossexual aprova sua existência com afeto ou a rejeita e a condena?'", relembrou.
No final de julho, quando voltava a Roma depois da Jornada da Juventude, realizada no Rio de Janeiro, Francisco já havia feito declarações parecidas. "Se a pessoa é gay, procura a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?", disse o Papa na época.
Sobre o papel das mulheres na Igreja, o Pontífice afirmou que "é necessário ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja, temo a solução do 'machismo com saias' porque a mulher tem uma estrutura diferente do homem, mas os discursos que ouço sobre a mulher frequentemente se inspiram em uma ideologia machista". "As mulheres estão formulando questões profundas que devemos enfrentar. A Igreja não pode ser ela mesma sem a mulher e o papel que desempenha. A mulher é indispensável". 
Fonte:Terra

COCA-COLA PUBLICA RESPOSTA SOBRE CASO DE RATO ENCONTRADO EM GARRAFA DA BEBIDA

Nesta terça-feira (18), a Coca-Cola publicou um comunicado em resposta a um consumidor que afirma ter encontrado um rato dentro de uma garrafa lacrada. O caso foi registrado por Wilson Batista Rezende em dezembro de 2000 e foi noticiado há dez dias na TV Record.
“Todos os nossos produtos são seguros e os ingredientes utilizados são aprovados pelos órgãos regulatórios, em um histórico de 127 anos de compromisso e respeito com os consumidores. Os nossos processos de fabricação e rígidos protocolos de controle de qualidade e higiene tornam impossível que um roedor entre em uma garrafa em nossas instalações fabris. Lamentamos o estado de saúde do consumidor, mas reiteramos que o fato alegado não tem fundamento e é totalmente equivocada a associação entre o consumo do produto e o seu estado de saúde”, afirmou a publicação da Coca-Cola.
Wilson Batista explicou que comprou seis garrafas em um supermercado na cidade de São Paulo e ao consumir uma delas, “sentiu seus órgãos queimarem”.
“Ingeri meio gole de uma das seis garrafas de dois litros de Coca-Cola contaminada com restos de rato, e senti corroer meu esôfago, língua e estômago. Foi quando cuspi o restante para fora da boca, desesperado e com a indescritível ardência, literalmente por todo meu aparelho digestivo. Verifico o copo que me servi e percebo pequenos fios de pelos de ratos junto ao líquido”, contou Wilson no Facebook.

domingo, 15 de setembro de 2013

EM APOIO A GAYS, CHER SE RECUSA A ABRIR JOGOS DE INVERNO NA RÚSSIA


Em entrevista à revista canadense "Macleand, Cher revelou que recusou o convite para se apresentar no show de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi por conta da maneira que o governo russo está tratando os gays. Cher é mãe de Chaz Bono, que é transexual. "Eu não posso dar nomes, mas um amigo meu que é um oligarca poderoso lá me ligou e me pediu para ser embaixadora para os Jogos Olímpicos e fazer o show de abertura. Eu imediatamente recusei. Eu quero saber a razão de todo esse ódio contra os gays ter explodido por lá. Ele me disse que os russos não pensam da mesma maneira que o governo russo", declarou a cantora. Cher falou ainda da relação com Chaz e o apoio que deu a filha sobre sua orientação sexual. "Quando o Chaz me contou pela primeira vez que ela ia fazer isso e o processo teve início, eu estava morrendo de medo. Uma vez eu liguei para o Chaz e ele tinha esquecido de mudar a mensagem da secretária eletrônica e eu ouvi sua voz antiga. Isso me deixou um pouco abalada. Estas são pequenas mudanças que uma mãe nunca esquece. É o último tabu. Houve um tempo em que isso era contra a lei. Graças a Deus nós já evoluímos tanto", contou. Fonte:UOL