quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MACKENZIE RETIRA DO AR MANIFESTO CONTRA O PLC 122; ALUNOS CONVOCAM MANIFESTAÇÃO

Na semana passada, a Universidade Mackenzie havia divulgado carta pública contra o Projeto de Lei Complementar 122/2006, que criminaliza a homofobia em todo o Brasil. O manifesto, assinado pelo chanceler da universidade, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes, afirmava que o projeto é "contrário aos Direitos Humanos" e que tenta dar "privilégios a uma parcela da sociedade".

Após divulgação da carta, inúmeras pessoas e grupos começaram a protestar por meio das redes sociais, como Twitter e Facebook, e por conta disso a instituição retirou a carta de seu site. Ao jornal "Folha de São Paulo", a assessoria de comunicação do Mackenzie disse que o documento "não representa a opinião da universidade" e que ele diz respeito "apenas à Igreja Presbiteriana", sócia vitalícia do Mackenzie.

"A homofobia mata, a impunidade remata"

Alunos do Mackenzie e ativistas do segmento LGBT estão organizando uma manifestação para o dia 24/11, quarta-feira, a partir das 17h. Os organizadores alegam que a posição da universidade fere "não apenas a liberdade sexual, com também a liberdade de escolhas e expressão".

Na chamada, os organizadores atentam para o fato de que a manifestação não tem orientação sexual e que ela é "um movimento pela liberdade de escolha e expressão".

Serviço:
Manifestação contra a homofobia na Universidade Presbiteriana Mackenzie
Quando: 24/11, quarta-feira, a partir das 17h
Endereço: Rua da Consolação, 930, São Paulo, SP
A Capa.

JUSTIÇA DE RORAIMA PERMITE ADOÇÃO DE CRIANÇA POR CASAL GAY

Em Roraima, o instrutor de cursos Múcio Rosendo da Silva e seu companheiro Alexandre Lúcio de Faria ganharam o direito à adoção de uma menina que foi entregue pela mãe ao casal com nove meses de idade. Hoje, a criança tem dois anos.

A guarda foi concedida pelo Tribunal de Justiça de Roraima através do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Boa Vista. O pedido de adoção foi feito por meio da Defensoria Pública há cerca de um ano.

A mãe biológica prestou declarações no Juizado permitindo a adoção de sua filha pelo casal. "Ficou demonstrado que os dois [Múcio e Alexandre] formam uma entidade familiar estável e também está claro que o ambiente familiar proporcionado por eles é saudável", afirmou o promotor de justiça Márcio Rosa da Silva.

A Capa

terça-feira, 16 de novembro de 2010

EM DEPOIMENTO, JOVEM BALEADO APÓS PARADA GAY DO RJ REAFIRMA QUE DISPARO FOI FEITO POR MILITAR

O rapaz baleado na barriga após a 15ª Parada Gay do Rio de Janeiro reafirmou em seu depoimento, logo depois que teve alta, que o tiro foi disparado por um homem que se identificou como militar e usava farda camuflada.


"Começaram a ofender, xingar, dizendo que, se pudessem, eles mesmo matavam cada um de nós com as próprias mãos, porque era uma raça desgraçada e tal. Humilhar, bater entre outras coisas. Foi quando um deles me empurrou no chão e me atirou. Eu caí sentado, e ele atirou na minha barriga", relatou o jovem, de 19 anos.

O disparo aconteceu no Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, na Zona Sul do Rio de Janeiro, pra onde o rapaz e seus amigos foram depois da Parada. Com a denuncia, a polícia abriu inquérito por tentativa de homicídio e irá ouvir todos os militares que estavam de plantão durante o ocorrido.

Em nota, o Exército afirmou que não há registro de disparo feito por militares na noite em que o rapaz foi baleado.
A CAPA.

VÍDEO PRÓ-CAMISINHA DO GOVERNO BRITÂNICO TRAZ 'CENAS QUENTES'

Uma campanha em vídeo do governo britânico para promover o uso de preservativos entre adolescentes vem provocando polêmica após ter sido acusado de ser 'pornográfico'.


O YouTube, canal escolhido pelo Sistema Público de Saúde (NHS, na sigla em inglês) britânico para divulgar a campanha, adverte os usuários que as imagens são inadequadas para menores de 18 anos.

O vídeo interativo, promovido em um site do próprio governo, mostra um grupo de rapazes visitando uma loja de conveniência no caminho de uma festa e avaliando a possibilidade de comprar ou não preservativos.

As imagens mostram o ponto de vista de um dos adolescentes, que na festa conhece uma mulher e a leva à cama.

Caso o usuário tenha escolhido comprar preservativos durante a visita à loja, os dois mantêm relações sexuais, mas se ele não tiver comprado, é rejeitado pela mulher.

Em um dos cenários do vídeo interativo, o casal acaba mantendo relações sem preservativo, mas o personagem masculino acaba sendo infectado por doenças sexualmente transmissíveis.

Mas imagens do vídeo consideradas explícitas demais provocaram críticas de organizações ligadas à defesa dos adolescentes e de controle da mídia.
G1

PARQUE DO COCÓ EM CHAMAS

A primeira chamada ao Corpo de Bombeiros foi registrada por volta das 9h20min. Na ligação, um morador da Cidade 2000 pedia que um carro da corporação que se apressasse porque havia um nevoeiro escuro brotando do meio da mata do Parque do Cocó. O fogo se alastrou até as 14 horas de ontem, horário em que os bombeiros conseguiram controlar as chamas após cerca de quatro horas de trabalho.

Dois caminhões da corporação foram usados somente como apoio. Os motoristas não conseguiram entrar na mata fechada do parque ecológico, portanto, o incêndio não pode ser controlado pelos jatos de água. A equipe de cerca de 20 homens aproveitou abafadores para controlar as chamas. Usou também a técnica de construção de aceiros – com o fim de tirar o combustível para o incêndio, os bombeiros cortaram de dois a quatro metros da vegetação para dar descontinuidade. As iniciativas conseguiram impedir a propagação ainda maior do fogo.

“Essa época do ano é comum haver incêndios e a gente já está preparado. A falta de chuvas deixa o Parque com a vegetação seca. O vento também propicia as chamas a se alastrarem”, esclarece o coordenador de operações dos Bombeiros, major Alfredo de Carvalho. Apesar de as mangueiras do caminhão do Corpo de Bombeiros não terem conseguido acesso ao local, o major conta que a equipe da área é treinada para atuar naquela região. “O Cocó é todo mapeado”. No início de outubro, outra queimada atingiu uma parte menor do parque, na altura da Sebastião de Abreu.

“O incêndio só atingiu uma área com capim, não chegou na área do mangue”, informa o subtenente Araújo Garcia, da Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA).

Até o fechamento desta edição, não foi possível precisar o motivo do incêndio. Segundo os Bombeiros, uma área de dois km de extensão foi destruída. “Pode ter sido uma ponta de cigarro, ou causa natural, da própria temperatura da área”, pontua o major Alfredo de Carvalho. A razão será investigada. O POVO flagrou no chão do parque dois fogos de artifício.

Por volta das 20h, novos focos de incêndios foram registrados no Cocó e os Bombeiros foram chamados para conter as chamas.
ENTENDA A NOTÍCIA

O Parque do Cocó tem cerca de 1.150 hectares e, ao redor, é a área de grande especulação imobiliária de Fortaleza. Uma das últimas reservas verdes da cidade, o mangue tem o papel de regular o clima e é berçário para várias espécies do mar.
O Povo.

TRAVESTI É ESTRANGULADA COM CORDÃO DA BLUSA NO PARANÁ

Uma travesti foi estrangulada com o cordão da própria blusa em Praia Leste, Pontal do Paraná, na madrugada de terça-feira. A delegacia de Ipanema investiga o assassinado da trans, chamada Emanuelly Colaço Taborda, de 39 anos.




De acordo com a superintendente Noeli Brezolin, o corpo, que estava nos fundos de uma casa, foi visto por homens que instalavam uma antena na região. “A residência é alugada para veraneio e estava trancada, sem sinal de arrombamento.”



Emanuelly é de Paranaguá e estava há pouco tempo no balneário. “Ela costumava fazer ponto perto da rodovia PR-412”, disse Noeli. Junto com o corpo, a polícia encontrou dois preservativos intactos e uma pochete sem dinheiro.

RAPAZ DE 18 ANOS É PRESO EM SP POR BEIJAR MENOR DE 13

Por conta de um beijo dado em público, um jovem gay de 18 anos foi detido e indiciado por estupro de vulnerável. Isso porque a pessoa que o rapaz beijava era outro garoto, de 13 anos. O caso aconteceu nesta semana em um shopping de São Paulo.


Como a lei determina que menores de 14 anos são incapazes de responderem por seus atos, a Polícia Militar prendeu o maior e o levou ao 13º Distrito Policial, na Casa Verde. Ele foi denunciado por funcionários do shopping, que o viram sair de uma sala de cinema e trocar carícias com o menor na praça de alimentação. A gerente do cinema chamou a segurança, que acionou a PM e os pais do menor.

Segundo o desembargador Antonio Carlos Malheiros, a prisão foi correta porque "com menos de 14 anos, tudo agora é estupro. Agora é estupro de vulnerável para menor de 14 anos. Não é considerado pedofilia porque pedofilia é no âmbito infantil. A vítima teria de ter 12 anos de idade".

O rapaz de 18 anos continuava preso até a tarde desta sexta-feira, 12.
Fica a pergunta; Se fosse um casal hétero o resultado seria o mesmo?
Mix Brasil

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

HOMOFOBIA NA AVENIDA PAULISTA

Cinco adolescentes agrediram três gays na Av. Paulista na manhã de domingo, 14. Dos agressores, quatro são menores de idade, entre 16 e 17 anos, e um de 19 anos. A primeira agressão do grupo de amigos homofóbicos aconteceu contra os dois rapazes na altura da estação Brigadeiro do metrô, por volta das 7h.

Conforme informou o R7, os dois jovens foram feridos com socos e pontapés. Um deles conseguiu fugir para a estação do metrô. O outro foi bastante ferido e encaminhado para o Hospital Oswaldo Cruz, no bairro Vergueiro.

Conforme os agredidos e testemunhas, os agressores gritaram durante o ataque: “Suas bichas, vocês são namorados. Vocês estão juntos". Já o terceiro agredido foi o estudante de jornalismo Luis Alberto, 23.

Segundo ele, um dos agressores o chamou e, quando ele se virou, foi atingido por uma lâmpada florescente, que estava em uma lixeira próxima ao local. A polícia foi chamada por um radialista de 34 anos, que passava pelo local. Presos, os agressores foram encaminhados ao 5º Distrito Policial, no bairro da Aclimação. Segundo o delegado Alfredo Jang, a motivação parece ter sido mesmo a homofobia. “Foi uma violência gratuita, covarde e sem possibilidade de defesa”, disse Jang.

 Familiares dos agressores estavam na delegacia. Apenas a mãe de um deles comentou o caso. Trata-se da publicitária Soraia Costa, 37. Segundo ela, os agressores – inclusive seu filho – estudam em uma escola do bairro Itaim Bibi, área nobre paulistana. Para justificar a ação violenta do filho de 16 anos e dos demais jovens ela disse: “Todos são crianças. Estão chorando. Foi uma atitude infantil. A palavra para descrever o que sinto não é vergonha, mas estou sensibilizada porque os meninos estão machucados”, disse a mãe do adolescente homofóbico.

Os menores agressores foram encaminhados para a Fundação Casa. O maior de idade foi indiciado por lesão corporal gravíssima e formação de quadrilha. De acordo com o delegado os jovens não fazem parte de grupo de skinheads. “São brancos, saudáveis, usam roupas normais e não têm tatuagens”, disse o delegado Jang.

Para justificar a agressão gratuita, os jovenzinhos homofóbicos e filhos de papai e mamãe, disseram que agrediram os gays porque foram "cantados". O pai de um dos agressores mostra a postura dos filhos diante do que declarou. Segundo afirmou, cogita a possibilidade de processar o gay que teria dado a "cantada" no seu filho por aliciamento de menores.

No entanto, se eximiu das suas responsabilidades do que prega o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que pune pais que deixam os filhos menores de idade na rua após às 22h. Os advogados dos burguesinhos homofóbicos vão dar entrada de um pedido na Vara da Infância e Juventude que não entre com o pedido de custódia, ou seja, de prisão dos adolescentes.

LIBERDADE PARA OS HOMOFÓBICOS COVARDES!
Os quatro adolescentes que agrediram três homossexuais na manhã de ontem, 14, na Av. Paulista, foram liberados na tarde desta segunda-feira, 15, após permanecerem até então na Fundação Casa (antiga Febem). O quinto jovem agressor é Jonathan Lauton Domingues, 19, e também foi liberado. Ele responderá pelos crimes de formação de quadrilha e lesão corporal gravíssima em liberdade.


De acordo com a justiça, os jovens homofóbicos foram liberados por serem réus primários e por considerar que houve uma briga entre jovens. Com isso, o caso será considerado lesão corporal. Na defesa dos quatro menores, o advogado Orlando Machado alegou que a agressão não se tratava de homofobia, mas uma reação a uma paquera de um dos agredidos.

"Houve, sim, uma paquera de uma das vítimas para um dos menores, e eles [os demais amigos] não concordaram", disse o advogado, que não explicou como a gangue homofóbica agrediu outro jovem gay 200 metros após as agressões às duas vítimas, ou seja, Otávio Dib Partezani, 19, e Rodrigo Souza Ramos, 20. A terceira vítima foi Luiz Alberto, 23.
Mundo Mais.