sábado, 15 de setembro de 2012

“CAÇA AS BRUXAS” GAYS IRAQUIANOS SÃO ALVOS DE MILÍCIAS E SOLDADOS NO IRAQUE PÓS-SADDAM



Autoridades do Iraque têm feito uma "caça às bruxas" contra os homossexuais, com perseguição sistemática e mortal a homens e mulheres, revela uma reportagem investigativa da BBC. Ativistas dizem que centenas de homossexuais foram mortos nos últimos anos, enquanto o governo, que conta com apoio ocidental, tem ignorado o assunto. Para as Nações Unidas, a negligência quanto à violência torna o Estado iraquiano um dos responsáveis pelos crimes. A investigação da BBC mostra que no Iraque pós-Saddam Hussein ser homossexual - ou mesmo parecer homossexual - pode significar uma sentença de morte no país. 


Em alguns casos, homossexuais foram mortos pelos próprios familiares, nas chamadas "mortes pela honra", ou pela ação de milícias. Mas a perseguição também parece ocorrer sob os mandos de forças de segurança oficiais - ainda que o governo se recuse a admiti-lo. Dezessete homossexuais entrevistados pela reportagem se disseram perseguidos individualmente, e todos dizem ter amigos ou parceiros mortos. Ainda que o governo diga que desarticulou milícias que fazem esse tipo de perseguição, um ex-policial, que conversou com a BBC em condição de anonimato, disse ter abandonado a corporação depois de ter recebido ordens diretas para prender dois homossexuais. Um deles foi morto na cidade onde era "procurado". "Durante a ocupação americana, estávamos muito ocupados. Agora, com tempo livre, a polícia passou a perseguir gays", disse o ex-policial. Abrigo Com isso, a comunidade gay do Iraque fica cada vez mais escondida e assustada. Uma vez que um homossexual entra na "lista de procurados", ele ou ela não tem para onde escapar. 

Muitos relatam buscas oficiais em suas casas, além de casos de estupro. Outros temem ser identificados nas dezenas de postos de checagem que têm como objetivo garantir a segurança de Bagdá. "Não tenho liberdade. Não posso viver a minha vida", disse um deles à BBC. Há apenas um abrigo para homossexuais em Bagdá, com capacidade para três pessoas. Outros abrigos foram alvos de ofensivas e fechados pelo governo. Segundo um relatório de 2009 da ONG Human Rights Watch, é possível que centenas de homossexuais homens tenham sido mortos desde a invasão americana, em 2003. Mas o Ministério de Direitos Humanos do Iraque afirma não poder ajudar os homossexuais, porque o grupo não é considerado uma minoria sob os olhos do governo. Alega, porém, que denúncias de morte foram encaminhadas ao Ministério do Interior. O premiê iraquiano, Nuri al-Maliki, que tem comando direto sobre o Ministério do Interior, não respondeu aos pedidos de entrevista. Seu porta-voz, no entanto, disse à BBC que não existe nenhuma perseguição sistemática a homossexuais e que estes devem "viver suas vidas normalmente". Conservadorismo Ao mesmo tempo, no distrito de Cidade Sadr, em Bagdá, um clérigo islâmico disse à BBC que o "terceiro sexo" - como o homossexualismo é chamado - é "totalmente rejeitado pelo islã". Ainda assim, a cultura religiosa e conservadora do Iraque não explica por si só a perseguição aos gays, dizem analistas. No Líbano, por exemplo, o grupo radical Hezbollah é razoavelmente tolerante ao homossexualismo. No Irã, onde a prática homossexual é ilegal e comumente punida, a cena "underground" gay também é tolerada. Até na ultraconservadora Arábia Saudita a perseguição não parece chegar nos níveis do Iraque. Durante o governo de Saddam (1979-2003), homossexuais desfrutaram de algum grau de liberdade e segurança e, após a invasão americana, grupos liberais esperavam que essa liberdade aumentasse. Mas forças conservadoras islâmicas que ganharam o poder se mostraram resistentes a aceitar valores supostamente ocidentais, incluindo o homossexualismo.
Fonte:BBC

MALÁSIA REALIZA SEMINÁRIOS SOBRE COMO IDENTIFICAR CRIANÇAS GAYS

KUALA LUMPUR, 14 Set (Reuters) - O governo da Malásia começou a realizar seminários voltados para ajudar professores e pais a identificar sinais de homossexualidade em crianças, reforçando um aumento no conservadorismo religioso no país de maioria muçulmana.
Até agora, a Fundação de Professores da Malásia organizou 10 seminários por todo o país. Um evento na quarta-feira contou com 1.500 pessoas, disse à Reuters um porta-voz da organização.
"É um (evento) multireligioso e multicultural, afinal de contas, todas as religiões basicamente são contra este tipo de comportamento", disse uma autoridade.
O governo disse em março que estava trabalhando para conter o "problema" da homossexualidade, especialmente entre os muçulmanos que compõem mais de 60 por cento da população de 29 milhões na Malásia.
De acordo com um folheto distribuído em um seminário recente, sinais de homossexualidade em meninos podem incluir a preferência por roupas apertadas e de cores claras e bolsas grandes, noticiou a mídia local.
Para meninas, os detalhes são menos claros. Meninas com tendências lésbicas não têm afeição por homens e gostam de andar e dormir na companhia de mulheres, disseram as reportagens.
A Malásia reprova o sexo oral e gay, descrevendo-os como sendo contra a ordem da natureza. Sob a legislação civil, os transgressores --mulher ou homem-- podem ser presos por até 20 anos, espancados ou serem penalizados financeiramente.
A intolerância oficial aos gays tem crescido. No ano passado, apesar das críticas generalizadas, o Estado da costa leste de Terengganu criou um campo para meninos "afeminados" para mostrar e eles como se tornar homem.
O seminário mais recente para professores e pais foi ministrado pelo vice-ministro da Educação, Puad Zarkashi, confirmou o seu gabinete.
"Os jovens são facilmente influenciados por sites e blogs relacionados a grupos LGBT", disse o vice-ministro, segundo a agência de notícias Bernama, usando o acrônimo para lésbicas, gays, bissexuais e transexuais.
"Isto também pode espalhar-se entre os amigos. Estamos preocupados que isso aconteça durante os anos escolares."
Reuters Brasil

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

E AGORA? - SUPLENTE DE MARTA É CONTRA PROJETO DELA SOBRE UNIÃO GAY


Ligado a 22 paróquias da Igreja Católica na zona sul, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), suplente que vai assumir a vaga de Marta Suplicy (PT) no Senado, é contra o casamento gay e o aborto. "Vou seguir sempre as posições da Igreja Católica nas votações. Para mim homem é homem e mulher é mulher. Também sou contrário ao aborto e à eutanásia", afirmou nesta quarta-feira o vereador paulistano, após uma sessão na Câmara Municipal marcada pelas homenagens dos colegas ao novo senador por São Paulo.
A proposta que inclui no Código Civil a união civil de pessoas do mesmo sexo, já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, é da própria Marta. Rodrigues, de 62 anos, já adiantou que vai fazer oposição ao casamento gay. "Sem dúvida nenhuma vou sempre acompanhar o que a Igreja falar. Sou um católico praticante. Sempre fui contra o casamento de pessoas de sexo igual, não tenho preocupação em perder voto por causa disso", argumentou. Ele também vai manter sua campanha a vereador na capital.
O cargo foi cedido a Rodrigues após Marta ser nomeada ministra da Cultura. Indiferente à composição política dentro do PT, Carlinhos, como é conhecido, disse que vai votar no Senado de acordo com suas "convicções religiosas". "Vocês vão ouvir falar muito de mim, podem esperar. Já estou pleiteando uma vaga na Comissão de Constituição e Justiça para a minha bancada."
O novo senador insiste em dizer que não está fora da campanha do candidato José Serra (PSDB), apesar de seu material de campanha não fazer menção ao tucano. "Peço voto pro Serra, sim. O maior evento dele até agora fui eu quem fez, no Campo Limpo. Falo com ele toda semana, pode perguntar pro Edson Aparecido. Vou cumprir meu compromisso na campanha municipal e depois vou para o Senado acompanhar o Executivo nas votações", afirmou.
Carlinhos entra de licença amanhã, por 23 dias. Depois, a partir de 8 de outubro, o vereador entra em licença definitiva para assumir o Senado. Em seu lugar na Câmara assume o suplente José Carlos de Oliveira (DEM). "Vocês vão ver o que eu vou fazer pela minha região lá no Senado. Vou ser um vereador-senador", disse.
Fonte:Veja


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

PORTADORES DO VÍRUS HIV FORAM IMPEDIDOS DE EMBARCAR NUM AVIÃO DA AEROMEXICO

A companhia aérea mexicana, Aeromexico, recusou  a transferência de 8 passageiros portadores do vírus HIV, que estavam se preparando para voar para a cidade de Guanajuato (México), onde planejavam participar de um Congresso sobre o HIV/AIDS.

De acordo com informações do jornal digital Radarg, os 8 passageiros não puderam embarcar no voo do dia 23 de agosto com destino a Guanajuato, porque eram HIV positivo.

Por conta disso, o grupo de jovens fez um protesto na quarta-feira passada contra a companhia aérea no Aeroporto Internacional de Tampico (México), para demonstrar o que eles consideram um tratamento indigno e a devolução dos 30.000 pesos (cerca de 1.789 euros), que pagaram mesmo sem poder embarcar no avião.

Bernal de Marbella, Presidente da "Asociación Conexión Joven de la Red", rede de jovens vivendo com HIV, informou que a associação apresentou uma denúncia na Comissão Nacional de direitos humanos (CNDH) por violar seus direitos individuais e na Procuradoria Federal do consumidor, Agência que defende os direitos do consumidor no México, para exigir o reembolso das passagens.

Casos como este parecem fazer parte da rotina de discriminação da Aeroméxico. Em março deste ano, um jovem foi forçado a deixar o avião que partiu de Miami rumo ao México por conta dos protestos de um outro passageiro que reclamou ao capitão que o rapaz era homossexual. Na época, o jovem chegou a publicar em sua conta no Twitter: "O capitão do voo 427 de Miami para o México @Aeromexico_com me expulsou do avião por eu ser gay, não é possível tanta discriminação!".
Fonte:Gay1