sexta-feira, 7 de março de 2014

VERDADE SALVADORA OU A PIADA DO SÉCULO? EXÉRCITO DO EGITO ANUNCIA CURA DA AIDS; CIENTISTAS DUVIDAM.

O exército do Egito afirma ter inventado aparelhos para diagnosticar e curar o vírus HIV, causador da aids, um anúncio recebido com ceticismo pela comunidade científica e com surpresa pelas autoridades, que temem que o país passe vergonha.
Uma espécie de antena ligada a uma máquina que substitui o sangue contaminado por outro purificado parece ser a criação revolucionária descoberta pelos cientistas das Forças Armadas egípcias para acabar com vírus como o da hepatite C ou mesmo o HIV.
As invenções foram anunciadas recentemente pelo general do exército egípcio Ibrahim Abdelati, em entrevista coletiva em que também participaram o presidente do país, Adly Mansour, e o chefe das Forças Armadas, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi.
No evento, foi exibido um vídeo com declarações de um antigo suposto soropositivo que tinha sido curado graças a revolucionária invenção.
Sem explicar como funciona, um comunicado publicado na página do Facebook do porta-voz do exército, Ahmed Ali, afirma que este dispositivo duplo é capaz de "detectar e tratar" estes vírus "sem tomar qualquer amostra de sangue do paciente, com um baixo custo e resultados imediatos".
A nota assegura, além disso, que a porcentagem de sucesso deste aparelho, batizado como Dispositivo de Cura Completa (DCC), é de "mais de 90%" e que foi "a vontade de Deus" que quis que fosse o exército egípcio o autor dessa conquista médica.
Abdelati anunciou em entrevista no canal de televisão egípcio "Sa'adah al Balad" que tinha recusado uma proposta internacional que oferecia US$ 2 bilhões para "esquecer" do dispositivo. Segundo o governo, o dispositivo foi registrado em nome do Corpo de Engenheiros das Forças Armadas e recebeu o sinal verde do Ministério da Saúde.
O Executivo egípcio já solicitou a patente em 2011 de um dispositivo similar destinado à detecção de drogas, explosivos e vírus como o da hepatite C.
Este aparelho de diagnóstico está sendo desenvolvido por uma equipe que faz parte o hepatologista Gamal Shiha, que desde 2010 está testando o dispositivo e o apresentando em diferentes conferências científicas internacionais.
"Este aparelho não tem nada a ver com o da cura (mostrado pelo exército), só serve para o diagnóstico", disse à Agência Efe Shiha, que acrescentou que "o que se disse sobre (o aparelho de) cura não tem qualquer base científica".
Shiha se nega a dar valor a algo "que foi apresentado em uma entrevista coletiva em vez de em uma conferência científica".
Por outro lado, o conselheiro da presidência egípcia para Assuntos Científicos, Esam Hegy, confirmou em sua página no Facebook que o presidente Mansur ordenou que estas invenções fossem estudadas por comissões científicas especializadas internacionais para confirmar que o estudo e seus resultados são completos e seguros antes de sua aplicação.
Ele acrescentou que o anúncio surpreendeu tanto Mansur quanto a Al Sisi, cuja presença na entrevista coletiva de apresentação do descobrimento "não significa que a apóiem".
Em declarações ao jornal "El Watan", o conselheiro destacou a "humilhação" que, segundo ele, "isto representa para o Egito dentro e fora do país, não sendo, além disso, a primeira vez que isto acontece".
Nas redes sociais o aparelho já é motivo de piadas entre os egípcios. Porém, independente disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Egito é o país do mundo com maior porcentagem de sua população afetada pelo vírus da hepatite C, com 22% de infectados.
Fonte:A Tarde 

“TER FILHO GAY É FALTA DE PORRADA”, DIZ BOLSONARO.

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) reverbera na mídia um discurso presente em nossa cândida sociedade de que ter filho gay é consequência de falta de porrada durante a infância. Pois bem,quarta-feira 17 de fevereiro, veio à baila a crueldade cometida por um pai que seguiu este ensinamento. Alex Moraes Soeiro, 34 anos, morador da comunidade de Villa Kennedy, zona oeste do Rio, jogou toda sua força contra o filho de oito anos, espancando-o até a morte. Motivo: o garoto gostava de lavar louça e não queria cortar o cabelo.
O preso disse que espancava o menino para “ensiná-lo a virar homem”, porque, segundo o pai, o garoto gostava de dança do ventre, tinha o hábito de vestir as roupas das irmãs e gostava de lavar louça. Levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região, o menino faleceu horas depois após sofrer hemorragia interna em razão do espancamento.
De acordo com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, a grande maioria das denúncias de homofobia recebidas pelo Disque 100 (em 2011 foram quase 7 mil) são de violências sofrida por gays dentro de casa, 42%.
Casos de barbárie como o ocorrido em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Um pecuarista espancou o próprio filho homossexual em julho do ano passado. O rapaz de 16 anos ainda foi ameaçado pelo pai de ser arrastado pelas ruas da cidade. O jovem chegou a ter as pernas amarradas a uma caminhonete. O produtor rural, que não teve o nome revelado, foi indiciado por injúria e tortura.
Tem um pensamento repetido por homossexuais que resume bem o desamparo de crianças e adolescentes LGBTs. Uma criança negra que sofre racismo na escola, volta para casa e encontra o abraço da mãe, mas uma criança gay que sofre homofobia na escola, volta para casa e está sozinha.
Para muitos, o nível de violência homofóbica chega ao nível do insuportável . Uma pesquisa divulgada na publicação científica Pediatrics mostra que crianças LGBTs rejeitadas pelos pais correm seis vezes mais riscos de sofrer com altos níveis de depressão e tentam o suicídio oito vezes mais na comparação com heterossexuais de mesma faixa etária. Para citar apenas um episódio, tratamos recentemente do caso do menino de 11 anos que tentou se suicidar após sofrer bullying homofóbico.

Bolsonaro virou uma caricatura de si mesmo. Suas aparições em programas de televisão popularescos como Superpop e etc são usadas apenas para levar humor ao telespectador no final da noite.
Mas ainda tem muita gente que o leva a ferro e fogo. Muita mesmo. Em 2010, foi eleito com 120 mil votos. Provavelmente sua votação deve ser ainda mais expressiva na próxima eleição, pela mídia que conseguiu nos últimos quatro anos ir ao encontro do pensamento de gente reacionária.
E o deputado vai dizer o quê? Que não estava falando em morte quando se referia a “levar um couro”? Que esse pai provavelmente não tinha a intenção de matar o filho. Mas, e agora? Alguém vai devolver a vida a esse garoto?
Jair Bolsonaro vai poder abraçar os seus filhos, os mesmos que repetem o seu discurso de ódio a gays quando voltar para casa. Porém, esse garoto não tem mais o direito ao abraço de ninguém.
Até quando continuaremos produzindo novos “Alex” e novos filhos mortos por seus pais? Até quando pais vão continuar mais se importando se o filho ou a filha brinca de carrinho ou de boneca do que com amor e respeito? Os pais precisam perceber a desgraça que promovem na cabeça das crianças quando tentam impor a orientação sexual ou identidade de gênero, que, comprovada cientificamente por centenas de estudos, é algo com base genética. Os dados sobre depressão e suicídio são claros. O seu filho não vai deixar de ser homossexual, bissexual ou transexual porque você quer. Não vai e não adianta torturá-los.
Até quando o poder público vai continuar assistindo de braços cruzados a violência homofóbica cotidiana em nosso país. Lamentar morte depois do ocorrido é muito pouco diante de tanto sofrimento.

A homofobia mata e precisa ser tratada com políticas públicas que promovam o esclarecimento à população desde nossas crianças até a vida adulta.
Texto publicado em pragmatismo politico.com.br

DE VOLTA A REALIDADE APÓS O CARNAVAL! PAI MATA FILHO POR NÃO ACEITAR QUE MENINO GOSTASSE DE LAVAR LOUÇA

Com apenas 8 anos, o menino Alex foi espancado pelo pai Alex André Moraes Soeiro, de 34 anos, até a morte, na Vila Kennedy, zona oeste do Rio, no dia 17 de fevereiro. O motivo: o menino não queria cortar o cabelo para ir à escola. Em depoimento, o pai afirmou que batia frequentemente no filho porque o menino era muito desobediente.
Após duas horas de espancamento, Alex foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vila Kennedy, já morto e com hematomas por todo o corpo. A equipe médica desconfiou de violência doméstica e enviou o caso para o Conselho Tutelar de Bangu. No Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, os peritos constataram que ele morreu por hemorragia interna. De tanto apanhar teve o fígado perfurado. Ele também tinha sinais de desnutrição.

Segundo o jornal O Globo, Alex morava com a mãe Digna Medeiros, de 29 anos, em Mossoró, no Rio Grande do Norte. No início de 2013, a mãe foi ameaçada pelo Conselho Tutelar local de perder a guarda do filho por não levá-lo para a escola. Digna, que não trabalha e sobrevive com dois salários mínimos dados pelo avô de Alex, mandou o filho para morar com o pai no Rio.

Na capital fluminense, Soeiro, que já cumpriu pena por tráfico de drogas e estava desempregado, morava com a mulher, Gisele Soares, e outras cinco crianças em uma casa simples de apenas três cômodos, em uma área disputada por três facções rivais. Em depoimento, André afirmou ao delegado Rui Barbosa, da 34ª Delegacia de Polícia, em Bangu, zona oeste, que as surras eram “corretivos” para ensinar o filho “a andar como homem”. Para o pai, Alex, que gostava de lavar louça e de dança do ventre, era “afeminado”.
Soeiro contou que o menino não chorava enquanto apanhava e, por isso, batia mais, por achar que a lição não estava sendo suficiente, informou o jornal. Os vizinhos o apelidaram de “monstro de Bangu” e disseram nunca ter ouvido nada. O conselheiro tutelar Rodrigo Botelho pedirá que a polícia investigue se o menino vivia em cárcere privado.
Em maio de 2013, quando foi morar com o pai no Rio, Alex foi matriculado na escola municipal Coronel José Gomes Moreira, na Vila Kennedy. O menino tinha bom desempenho, sempre com notas acima de 80 nos três bimestres que ficou na unidade. No início deste ano, Soeiro foi até a escola pedir a documentação escolar do filho que, segundo ele, voltaria para Mossoró.

Prisão. Soeiro foi preso na noite de 18 de fevereiro, em cumprimento de um mandado de prisão temporária, expedido pela juíza Nathalia Magluta e depois encaminhado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste. Ele foi indiciado por homicídio.
De acordo com O Globo, ele teria dito que o menino “era de peitar” e “partia para dentro de você”. O pai negou que tivesse intenção de matar o filho, mas ele precisava ser “homem”. A frieza do pai ao falar sobre o filho impressionou os policiais.
Parentes ouvidos pelo jornal carioca afirmaram que Soeiro era homofóbico e teria rejeitado um filho de 12 anos, que, para ele, seria “pouco másculo”. Ele já teria tentado bater no filho mais velho e na própria mãe. Gisele Soares, mulher de Soeiro, prestou depoimento e afirmou que era contra os castigos físicos.

Digna Medeiros, mãe de Alex, afirmou que só falou duas vezes com o filho: uma no dia em que a criança deixou Mossoró e outra quatro dias depois que ele chegou no Rio. Ela mantinha contato com um irmão de Soeiro para obter informações sobre o menino de 8 anos. Digna tem outros três filhos: um bebê de 8 meses que mora com ela, um menino de 3 anos que vive com os avós paternos e um adolescente de 15 anos que mora com o pai no Rio e que ela não vê desde que era um bebê.
Fonte:Agência Estado

segunda-feira, 3 de março de 2014

COM A MANGUEIRA A GRANDE CAMPEÃ FOI A DIVERSIDADE.

DESFILE QUE FALA DE DIVERSIDADE TEM BEIJO GAY NA DISPERSÃO
Os homossexuais foram homenageados pela Mangueira no desfile feito pela escola na primeira noite do Grupo Especial do carnaval carioca, que começou na noite de domingo (2) e adentrou a madrugada de segunda-feira (3). Na comemoração, ocorrida na dispersão, integrantes da agremiação, emocionados, deram até beijo gay.
As cores da bandeira da diversidade sexual puderam ser vistas nas alas arco-íris e arauto da diversidade. Outro setor da escola trouxe homens vestidos de noivos e mulheres de noivas com seus buquês, representando a união homossexual.
O sexto carro da agremiação também foi dedicado ao tema. Segundo a escola, 44 homens vieram na alegoria, sendo que a maioria deles vestia um sobretudo preto e chapéu.

Em certo momento do desfile, todos entravam em um espaço com porta e saíam de dentro dele vestidos com espartilhos luminosos, fazendo coreografias – uma alusão à expressão popular “sair do armário”, que define quem assume a homossexualidade.
Segundo José Cruz, um dos integrantes do carro, a escola chamou a atenção do público para o respeito à diversidade e ao combate ao preconceito, que aflige os homossexuais no Brasil. Márcio Pereira, passista da escola, exibia na dispersão sua fantasia com luzes de led coloridas.
Carlinhos de Jesus, responsável pela comissão de frente da Mangueira, disse que ao longo do desfile, casais gay se beijaram na Sapucaí.
Fonte:G1