A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) prepara para o dia 19 de maio a I Marcha Nacional contra a Homofobia - 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e Contra a Homofobia.
Como proposta, a marcha pretende reunir militantes das 237 ONGs filiadas à ABGLT de todos os estados brasileiros, bem como homossexuais de um modo geral, rumo a Brasília. A proposta é ocupar o gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília, às 9h do dia 19 de maio, que será numa quarta-feira.A manifestação marcará as comemorações do Dia Mundial contra a Homofobia, celebrado no dia 17 de maio. Tal dia marcou a retirada da homossexualidade da lista de classificação de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1990. Porém, segundo Toni Reis, presidente da ABGLT, vai servir para chamar a atenção de como os políticos brasileiros tratam os cerca de 20 milhões de LGBT do país com descaso.
“Os LGBT têm violados os seus direitos humanos, civis, econômicos, sociais e políticos. Religiosos fundamentalistas utilizam-se dos Meios de Comunicação públicos, das Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Câmara Federal e Senado para pregar o ódio aos cidadãos e cidadãs LGBT e impedir que o artigo 5 da Constituição Federal [todos são iguais perante a lei] seja estendido aos milhões de LGBT do Brasil”, diz Reis.
Fundamentalistas religiosos – Segundo o presidente da ABGLT, é hora de dar um basta no fundamentalismo religioso que, sem nenhum respeito ao Estado Laico, levam os religiosos a se utilizarem de recursos e espaços públicos (escolas, unidades de saúde, secretarias de governo, praças e avenidas públicas, auditórios do legislativo, executivo e judiciário) para humilhar, atacar e pregar todo seu ódio contra cidadãos e cidadãs LGBT.
Exigências – Entre outras exigências, a 1ª Marcha Nacional LGBT vai exigir das autoridades públicas 1) Garantia do Estado Laico (Estado em que não há nenhuma religião oficial, as manifestações religiosas são respeitadas, mas não devem interferir nas decisões governamentais); 2 Combate ao Fundamentalismo Religioso; 3) Executivo: Cumprimento do Plano Nacional LGBT na sua totalidade, especialmente nas ações de Educação, Saúde, Segurança e Direitos Humanos, além de orçamentos e metas definidas para as ações; 4) Legislativo: Aprovação imediata do PLC 122/2006 (Combate a toda discriminação, incluindo a homofobia) e 5) Judiciário: Decisão Favorável sobre União Estável entre casais homoafetivos, bem como a mudança de nome de pessoas transexuais.