Portadores de HIV ainda enfrentam dificuldades para entrar ou permanecer em 45 países pelo mundo, segundo informações do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
As restrições variam em cada país, e podem incluir desde a total proibição de entrada aos soropositivos, ou imediata deportação caso se descubra que o visitante que já adentrou a fronteira está infectado, até limitações mais específicas, como a negativa de conceder vistos para visitas por curtos períodos. Este sábado (1º) é Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
Recentemente, mais de 40 presidentes de grandes empresas globais
assinaram um pedido para que esses países derrubem essas barreiras,
argumentando que prejudicam negócios, já que seus executivos devem poder
transitar livremente, independente de terem HIV ou não.
Segundo levantamento da ONU feito em julho (o mais recente disponível),
Brunei, Omã, Sudão, Emirados Árabes Unidos e Iêmen são países que
mantêm completa proibição de entrada para portadores de HIV. Outros que
criam algum tipo de dificuldade para a entrada, permanência ou
residência dos soropositivos incluem Cuba, Israel, Jordânia, Nicarágua e
Rússia. Egito, Cingapura e Taiwan estão entre os lugares que deportam
os visitantes dos quais se descobre terem HIV.
Os Estados Unidos acabaram com suas restrições a visitantes com Aids em
2010. Outros países que recentemente tomaram essa medida foram Armênia,
China, Fiji, Moldávia, Ucrânia e Namíbia. O Brasil está entre a maioria
de países que não têm limitações à entrada de portadores de HIV.
Mortes em queda
A quantidade de mortes provocadas pelo HIV no mundo caiu pelo quinto
ano consecutivo em 2011, anunciou este mês o Programa Conjunto das
Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids) em seu relatório anual de 2012.
Em 2011, 1,7 milhão de pessoas morreram em decorrência da Aids, o que
representa 5,6% a menos que no ano anterior, e 24% a menos que em 2005,
segundo o levantamento.
No entanto, a quantidade de pessoas infectadas registrou um leve
aumento, com 34 milhões de pessoas em 2011, contra 33,5 milhões em 2010,
afirmou o Unaids. A África Subsaariana é a região mais afetada, com
quase 1 em cada 20 adultos infectados, aproximadamente 25 vezes a taxa
da Ásia. No Sul, no Leste e no Sudeste da Ásia, há quase 5 milhões de
pessoas com o HIV.
Os números levaram o programa a concluir que eliminar a doença
incurável é "totalmente viável". "Embora a Aids continue a ser um dos
mais sérios desafios à saúde, a solidariedade mundial na resposta à Aids
na última década continua a gerar ganhos extraordinários na saúde", diz
o relatório.
Segundo o documento, isso ocorreu graças ao "sucesso histórico" na
promoção de programas em escala junto com a emergência de novas
combinações de remédios para evitar que pessoas sejam infectadas e que
morram da doença.
Cerca de 8 milhões de pessoas estavam sendo tratadas com drogas para a
Aids no fim de 2011, um aumento de 20 vezes desde 2003. A meta da ONU é
elevar esse número para 15 milhões até 2015.
Fonte: G1
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