sexta-feira, 7 de maio de 2010

GRUPO ARCO-ÍRIS DIVULGA NOTA EM REPÚDIO ÀS DECLARAÇÕES DE GAROTINHO CONTRA GAYS

O Grupo Arco-Íris divulgou nota nesta quarta-feira em repúdio às declarações homofóbicas do pré-candidato do PR ao governo do Rio, Anthony Garotinho, sobre os homossexuais.
Conforme a reportagem de Cássio Bruno, publicada na edição no último domingo no jornal "O Globo", durante um evento evangélico, chamado "Caravana Palavra de Paz", organizado pela Rádio Melodia, Garotinho disse que é contra ao casamento entre homossexuais e aproveitou para atacar o governador Sergio Cabral e o deputado Fernando Gabeira, seus adversários.
"O Gabeira e o Sérgio Cabral são a favor [da união civil entre pessoas do mesmo sexo]. O governador patrocina a Parada Gay em Copacabana", disse Garotinho a cinco mil evangélicos de Belford Roxo, município da Baixada Fluminense.
Ao seu lado, o músico gospel Emanuel de Albertin enfatizou o coro e declarou que "se Deus fizesse o homem para casar com homem, não seria Adão e Eva, teria feito Adão e Ivo".
Em nota, o Grupo Arco-Íris condenou a postura de Garotinho, que, "de forma pejorativa, fomenta o preconceito à Comunidade LGBT". "O papel de um governante é garantir a igualdade de Direitos de toda a população, independente de cor, classe, credo, raça, sexo, orientação sexual. E tal postura, do Sr. Anthony Garotinho, como candidato ao cargo de governante, denota um discurso fundamentalista e de segregação", diz trecho da nota.
Para Cláudio Nascimento, Superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Governo do Estado do Rio de Janeiro, "é lamentável observar que uma figura pública, que deveria estar preocupada em promover e garantir todos os direitos civis da população, independentemente da orientação sexual, identidade de gênero, cor, credo etc., instrumentaliza setores religiosos fundamentalistas para a promoção do achincalho à comunidade LGBT".
Cláudio Nascimento afirma ainda que "declarações como as do ex-governador Garotinho só contribuem para a cristalização da discriminação e da violência contra uma população altamente estigmatizada e violada em seus direitos básicos"

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