Após inúmeras críticas dos seguidores do perfil da Prefeitura de
Curitiba no Facebook a administração municipal decidiu rever mais uma vez a
postagem sobre um casamento coletivo que será realizado na cidade, em dezembro.
Após reclamações da bancada evangélica na Câmara de Vereadores em virtude de
uma imagem atrelada à postagem que mostrava casais homoafetivos e um casal
heterossexual, a prefeitura tirou o texto. Com as críticas, a imagem voltou a
ser compartilhada pelo perfil institucional, junto com um pedido de desculpas.
A moção de repúdio, lida no Plenário da Câmara de Vereadores, nesta
quarta-feira (1º), pela vereadora Carla Pimentel, foi apoiada por diversos
parlamentares. O texto divulgado pela parlamentar tinha o seguinte conteúdo:
"Curitiba terá em dezembro o maior casamento coletivo já realizado na
cidade com aproximadamente 1,5mil "casais".
Para a cerimônia, podem
fazer a inscrição casais homoafetivos e que queiram fazer a renovação de votos.
A promoção da cerimonia é do poder Judiciário em parceria com a Prefeitura de
Curitiba". O destaque na palavra casais foi dado por Carla Pimentel ao
redigir a moção.
Para a vereadora, o casamento só pode ocorrer entre pessoas de sexo
distinto. Na opinião dela, o texto publicado pela Prefeitura de Curitiba desconsidera
os tradicionais casais heterossexuais que atendidos pelo programa. Pimentel
ainda argumenta que a benção religiosa seria cerceada e critica a falta de
discussão sobre o tema.
Carla Pimentel afirmou ainda que não é uma questão
religiosa e sim uma questão de princípios de governança, já que considera a
publicação foi tendenciosa para um Estado laico.
também se manifestou. "Sou da época em que menino gostava de
menina, e menina gostava de menino".
Os vereadores Jonny Stica e Professora Josete, ambos do PT, se
manifestaram contrários ao posicionamento dos vereadores evangélicos e
criticaram o cunho religioso da discussão. O líder do governo na Câmara Pedro
Paulo (PT) afirmou que não se pode aceitar a violência, o ódio. Ele disse ainda
que o mais importante é ressaltar o alcance social do casamento comunitário,
que isenta os casais das custas cartoriais.
Após a retirada da postagem e da imagem que causou a comoção
parlamentar, a prefeitura usou o perfil institucional no Facebook para explicar
a retirada do texto. "Não houve intenção de ofender qualquer grupo, mas
sim de informar a todos os públicos que podem usufruir do serviço", diz a
nota.
Já no início da noite, pelo Facebook, a Prefeitura afirmou que a
mensagem foi apagada porque um grupo de pessoas se declarou ofendido. "A
página da Prefeitura de Curitiba no Facebook optou por retirar o conteúdo para
conservar seu caráter agregador e garantir o espaço de todos os públicos. A
retirada da publicação não altera a disposição da Prefeitura de Curitiba para
promover a igualdade em todos os âmbitos, como determinam as leis de nosso
país, a começar pela Constituição Federal", explica a mensagem do
Facebook.
Horas depois, a imagem retornou com um pedido de desculpas que dizia:
“Desculpa.
A Prefs (sic) é uma equipe, formada por gente. Às vezes a gente acerta, às vezes erra.
Nós erramos, e pedimos desculpas." O texto foi assinado por toda a equipe de comunicação da prefeitura.
A Prefs (sic) é uma equipe, formada por gente. Às vezes a gente acerta, às vezes erra.
Nós erramos, e pedimos desculpas." O texto foi assinado por toda a equipe de comunicação da prefeitura.
Fonte:G1
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