Organizada pelos ativistas LGBT Kirill Kalúguin e Natália Tsimbálova, com o apoio da organização Coming Out e Aliança dos Heterossexuais pela Igualdade dos Direitos LGBT, a manifestação aconteceria no Márssovo Pole (Campo de Marte), um dos locais no centro de São Petersburgo onde a realização de protestos não requer a permissão das autoridades da cidade.
No entanto, o presidente da Associação Peterburguense de Organizações de Veteranos de Guerra, Valentin Bótsvin, enviou uma carta ao Metropolita de São Petersburgo e Ládoga, Vladímir Kotliarov, pedindo ao religioso para se juntar “à guerra não declarada pelas almas frágeis de nossos filhos”.
Uma hora antes do início da ação, o Márssovo Póle foi cercado pela polícia de choque. Os opositores da ação, entre os quais cossacos, nacionalistas e sacerdotes, também chegaram ao local antes dos manifestantes e estavam em maior número. Em discurso aberto, o líder dos cossacos lembrou que a Duma de Estado (câmara baixa do Parlamento russo) havia aprovado uma lei que proibia a “propaganda gay para defender a juventude”. Em seguida, a palavra foi passada a representantes religiosos, tanto cristãos como muçulmanos, que fizeram críticas duras à comunidade LGBT.
Os ativistas LGBT não conseguiram sequer chegar ao local cercado pelos opositores, que cantavam orações e atiravam moedas e água benta contra os representantes do movimento gay. Quando os militantes tentarem romper o cerco humano, a polícia de choque interveio e começou a deter tanto ativistas LGBT quanto seus opositores.
A ação em São Petersburgo com 67 pessoas presas, entre as quais ativistas LGBT, cossacos e ortodoxos. Apesar de terem sido liberados na sequência, os organizadores do protesto pretendem entrar com ação contra a polícia. “Nenhum de nossos ativistas ficou gravemente ferido, mas muitos apresentam lesões”, diz Natália Tsimbálova.
A ação anterior dos ativistas LGBT no Mársovo Pole havia sido realizada pacificamente em 6 de setembro, com a presença de 70 pessoas.
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