Já faz três semanas que o episódio da eleição de Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara se instalou e até agora nenhum ministro havia se manifestado sobre o assunto. A primeira a se manifestar foi a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Ela concedeu uma entrevista para o jornal O Globo em que pede que “Feliciano faça um gesto em direção a esses setores (da sociedade) e deixe a presidência da comissão.
A Ministra deixou clara a posição do Governo. “A história dos direitos humanos no Brasil é uma história de pacificação da sociedade. E essa sociedade está indicando, de forma lúcida, que não é justo o que está ocorrendo. A comissão é o instrumento que ela tem para contar dentro da Câmara dos Deputados. É a defesa dos segmentos que sofrem preconceito, que são os mais vulneráveis. E a comissão não pode estar dissociada dessa pauta”, declarou a Ministra. “Tenho confiança no pronunciamento do presidente da Câmara (Henrique Eduardo Alves) de que uma solução será encontrada para que a sociedade passe a contar novamente com a Comissão de Direitos Humanos. Que volte a tê-la a seu lado. E não contra ela. Os homossexuais, os negros, as mulheres, enfim, todos os setores discriminados estão perdendo neste momento. O Brasil é o país da diversidade. E a intolerância não pode ser valorizada na estrutura de poder”, continuou.
No fim da entrevista, Maria do Rosário se dirige diretamente a Marco Feliciano: “faço um apelo ao próprio parlamentar que veio ocupar esse espaço (Marco Feliciano), e a seus aliados, que faça um gesto em direção a esses segmentos, que tem seus direitos ofendidos nesse momento. Quero contestar ideias, jamais desrespeitar outro poder, ou qualquer pessoa ou religiosidade. A minha manifestação é pelos direitos humanos e por aqueles segmentos que precisam ser respeitados nesse momento”.
Fonte:Mix Brasil
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