A denúncia é motivada por uma apostila produzida pela própria escola e utilizada para explicar o princípio da atração e repulsão de cargas elétricas. Na ilustração, a imagem de dois meninos próximos é afastada por duas setas com indicação de “repulsão”. Na mesma página, há uma referência semelhante para duas meninas.
O secretário de educação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis, Toni Reis, explicou que a questão foi levada à associação por um aluno da escola que diz ter sido motivo de chacota durante aula com a apostila e, por este motivo ele não foi identificado.
"Os desenhos são muito nítidos ao mostrar a homofobia. O menino tem só 16 anos e pensa até em desistir de estudar" contou Reis, ao dizer que quer uma investigação sobre o caso.
De acordo com o diretor-superintendente da Organização Educacional Farias Brito, Tales de Sá Cavalcante, a escola ainda não recebeu uma denúncia formal sobre o caso e abrirá uma investigação sobre assunto. Até lá, a apostila continua em sala de aula.
"Não é justo que se impute a duas crianças um desejo homossexual que não existe nessa idade. Nós temos funcionários homossexuais, professores homossexuais, alunos homossexuais" afirmou Cavalcante.
Para a escola, no entanto, o caso pode significar sabotagem da concorrência.
"Infelizmente isso é fruto de concorrência desleal. Aqui no Ceará, os outros colégios não se conformam com o sucesso do Farias Brito em termos nacionais" afirmou Cavalcante.
A escola existe há 77 anos e possui 13.500 alunos atendendo alunos desde a educação infantil até o ensino superior.
Fonte;Gay1
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