Nos anos 1960, quando Romney estava na escola Cranbrook, elitista e exclusiva para garotos, ele teria cortado o cabelo de um colega gay, como parte de um processo de humilhação. Romney já havia criticado John Lauber, que usava cabelos compridos e tingidos de loiro e, um dia, junto com um colega, Romney teria jogado o estudante no chão e cortado seu cabelo à força.
O incidente foi reportado ao jornal por cinco estudantes diferentes: Matthew Fredemann, Phillip Maxwell; Thomas Buford, David Seed e outro ex-aluno que pediu para não ser identificado. A vítima, que poderia confirmar a história, morreu em 2004. O jornal informou que alguns desses antigos colegas hoje são Democratas – Buford foi voluntário na campanha de Obama em 2008. Os ex-alunos afirmam que a opinião política não mudou suas lembranças.
O porta-voz da campanha de Romney afirmou que o candidato não tem nenhuma memória do incidente. “As histórias, de quinze anos atrás, parecem exageradas (...) Romney não tem nenhuma lembrança de ter participado desse incidente”, infoma o comunicado.
O site Politico lembrou que a reportagem do Washington Post foi publicada na mesma semana em que o presidente e candidato democrata Barack Obama anunciou ser favorável ao casamento gay.
Hoje, Romney afirmou que fez algumas coisas “idiotas” quando era jovem, em entrevista àFox News Radio. No entanto, o candidato disse não se lembrar do incidente com Lauber. “Preguei várias peças no ensino médio, fiz algumas coisas idiotas e se ofendi alguém, peço desculpas. Foi há muito tempo, fico feliz de ter feito bons amigos naqueles anos”, disse Romney à rádio.
Sobre uma outra “brincadeira” da época, em que Romney teria ofendido outro colega, o candidato afirmou desconhecer que o envolvido era gay, riu e pediu desculpas novamente. Romney afirmou que hoje é uma pessoa muito diferente de quem era naquela época e que foi positivamente influenciado por sua esposa, Ann Romney.
Fonte: Exame
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