segunda-feira, 26 de março de 2012

"MDNA" LEVA MADONNA DE VOLTA AO TRONO DO POP

Madonna é “uma louca descontrolada”, “uma peste que fugiu do inferno”, “um peixe fora d’água”. Ao menos se define assim em “Gang Bang”, uma das faixas de seu novo CD, “MDNA”, que tem lançamento mundial nesta segunda-feira, dia 26.  

Suas reclamações sobre estar excluída são uma breve auto-análise. Já se vão quatro anos desde o último álbum de inéditas (“Hard Candy”), o maior intervalo em sua carreira de 30 anos – isso sem falar no surgimento de uma rival com a mesma ambição loira que a caracteriza: Lady Gaga.

As letras das 12 canções, extremamente pessoais, dificultam a distinção entre a lenda pop e a mortal cujo casamento de oito anos com o diretor de cinema Guy Ritchie acabou em um divórcio dolorido. “Eu tentei ser uma boa garota, tentei ser sua esposa”, afirma em “I Don’t Give A.”

É essa vulnerabilidade que dá vitalidade a “MDNA”. O sofrimento de ter interpretado um papel que não era seu torna aceitável que ela cante como uma adolescente sobre beber muito e “tuitar no elevador”. Comparar um novo amor a Mike Jordan e Abraham Lincoln pode parecer bobagem, mas é seu jeito de transformar a crise pessoal em música. 

“Sei que não deveria agir assim”, desabafa em “Girl Gone Wild”, que já toca nas rádios do Brasil. O tom confessional também impede as críticas ao fato de ela ter lançado mão de recursos óbvios para garantir novos sucessos. 

A “material girl” é uma consumidora esperta, por isso selecionou as “bad girls” do momento – Nicki Minaj e M.I.A. – e os melhores produtores – Martin Solveig e William Orbit – como apoio para este trabalho.  Foram escolhas certeiras, sem dúvida. A batida dançante, a linha de baixo viciante e os estouros das melodias são perfeitos.

“MDNA” é Madonna em seu estado mais puro. Ela pode alegar se sentir um peixe fora d’água, mas sempre será a rainha do pop. 
Fonte: Band

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