domingo, 21 de novembro de 2010

ESTAMOS SOB ATAQUE! - SITE DE BRASÍLIA DENUNCÍA MAIS UMA AGRESSÃO HOMOFÓBICA.

EM ATAQUE HOMOFÓBICO NO DF, JOVENS TENTAM AGREDIR GAY E AMASSAM CARRO AOS CHUTES
Sete dias após jovens atacarem homossexuais na Avenida Paulista e de um militar atirar em um gay que estava na Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, Brasília teve outra demonstração do quanto a homofobia é grave no país. No sábado 20, três jovens tentaram agredir um homossexual e, aos chutes, chegaram a amassar o carro em que ele estava.

O ataque ocorreu na Asa Norte, bairro de classe média da capital, em frente a uma lanchonete na quadra 209, por volta das 4h30. O episódio começou quando M.*, psicóloga, bissexual, 25 anos, estacionou o carro para entrar no estabelecimento. Nesse momento, três jovens do sexo masculino se aproximaram dela, que ainda estava no veículo. Um deles a paquerou e recebeu uma negativa. H., estudante de jornalismo, 20 anos, que estava como carona, então, disse brincando ao jovem: “Se você quiser, eu fico com você.”

A partir desse momento, H. relata que o grupo começou a chutar e dar socos no carro xingando-o de “viado” e outros palavrões. O trio, que estava acompanhado de mais cinco pessoas, dizia para H. descer do veiculo para que ele apanhasse. “Eles não paravam de chutar o carro, os três. Em um momento, eles chegaram a abrir minha porta, mas, não sei como, consegui fechá-la. Se não tivesse feito isso, nem sei se eu estaria vivo.”

O ataque cessou apenas quando M. pegou o celular para ligar para a polícia. Então, o trio e os acompanhantes, em dois carros saíram do local. Um homem viu o ataque e anotou a placa de um dos veículos. “Fomos à polícia, fizemos o boletim de ocorrência. Com o número a placa vamos chegar até eles. Isso não ficará impune”, disse H. ao Parou Tudo. O veículo ficou com a traseira e as portas amassadas.

Em nota, o Estruturação – Grupo LGBT de Brasília considerou muito grave o ataque e pedirá ação do poder público para que os responsáveis sejam detidos e julgados. A expectativa da entidade é positiva já que, de acordo com levantamento próprio, no caso de assassinatos de LGBTs na capital federal cometidos em 2009, 66% dos casos foram solucionados.

“Não se deve fazer alarmismo com o caso. É algo grave, mas não representa o DF como um todo. Agora todos e todas devemos cobrar as autoridades públicas empenho em apurar o crime e fazer da condenação dos responsáveis mais uma lição de que não se aceita a homofobia na capital federal”, completa a nota.

*Nomes foram omitidos a pedido das vítimas.

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