segunda-feira, 16 de agosto de 2010

MILITANTES AFIXAM CARTAZES PARA CUMPRIMENTO DA LEI QUE VEDA A HOMOFOBIA NA CIDADE DE LIMOEIRO DO NORTE

Militantes da Associação de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AAGLBTT) de Limoeiro do Norte, cidade localizada a 198 quilômetros de Fortaleza, começaram com a campanha para divulgar e exigir o cumprimento da Lei Municipal 1.334, de 2007, que veda a discriminação sexual na cidade de 56 mil habitantes.


A iniciativa da campanha do grupo foi uma denúncia de bulling de uma professora da rede pública municipal, que pediu para que um aluno deixasse de ter “trejeito afeminado” e tomar “jeito de homem” na frente dos colegas.

Além disso, por comentários de moralistas de um locutor da rádio que dizia “ser o fim dos tempos” dois casais homossexuais querer adotar uma criança abandonada. A notícia foi publicada no jornal com o título “Dois homens ou duas mulheres, que fazem um casal, pretendem adotar uma criança que um casal heterossexual deixou ‘na rua’".

Por conta dos casos de intolerância, os militantes estão colando cartazes com a Lei em diversos estabelecimentos da cidade, como escolas, faculdades e repartições públicas e comerciais. A Lei instituiu ainda o primeiro sábado do mês de julho como o Dia Municipal da Consciência Homossexual. Segundo informou ao jornal Diário do Nordeste, o presidente da AAGLBTT, o cabeleireiro Arízio Barros, há vários casos de homofobia em cidades da região do Vale do Jaguaribe.

“Em 2009 um travesti foi morto por três adolescentes; em Morada Nova, um homem foi morto dois dias após ter anunciado sua homossexualidade. Esses casos se repetem", conta Barros. "Não queremos que as pessoas façam mais do que o que fariam com qualquer outro sujeito, que respeitem, não se incomodem com a vida alheia, e que somos normais”, diz.

A AAGLBTT, que conta com 238 associados, tem o apoio da Câmara Municipal para realizarem seus trabalhos no município. Além disso, Arízio destacou o apoio da primeira-dama do município Célia Costa Lima, mulher do prefeito João Dilmar da Silva (PRB-CE). Esse disse ainda que muitos estabelecimentos rasgam o informativo depois que militância sai, mas que eles estão fazendo o seu trabalho. Quando à professora homofóbica, a AAGLBTT encaminhou uma denúncia ao Conselho Estadual de Educação, que acolheu a denúncia, e visitará a escola.
Veja matéria completa no Diário do Nordeste.

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