A transexual brasileira Léa T., que vem ganhando notoriedade no mundo da moda por estrelar a nova campanha da grife de alta costura Givenchy, é tema de uma reportagem na edição de agosto da revista "Vogue" francesa.
No site da "Vogue", a brasileira é tratada como "top transexual" e "modelo revelação". Supostas páginas da revista que já circulam pela web mostram Léa - cujo nome verdadeiro é Leonardo - nua, com seios à mostra e a mão sobre o órgão sexual.Em junho, Léa também ganhou um perfil na edição italiana da revista "Vanity fair". Na entrevista, ela afirma que tinha intenção de fazer uma cirurgia de troca de sexo e que trabalhou como modelo e stylist para Riccardo Tisci (diretor de criação da Givenchy) para levantar dinheiro para a operação.
"Já ouvi milhares de vezes a frase: 'com a operação você finalmente será uma mulher'. Não penso assim, sou realista. Sei que terei uma vagina reconstruída, que não é uma vagina de verdade, só que no meu documento de identidade serei uma mulher, e isso me facilitará a vida", declarou à época.
Na reportagem da "Vanity", Lea afirma também que seu pai é um atleta bastante famoso em sua área. "Nasci em Belo Horizonte, no Brasil. [Cheguei à Itália] há um ano, mas ainda era um garoto", diz, lembrando de sua infância no Brasil.
"Cresci em um ambiente muito feminino. Meu pai vivia trabalhando: eu morava só com minha mãe, irmã, avó e tia. Não tive um ideal masculino em que pudesse me espelhar. Papai, quando chegava em casa, me olhava e dizia notar algo que não ia bem comigo."
Na entrevista publicada em junho, Léa não revela o nome ou sobrenome do pai e diz que tem pouca intimidade com ele.
"Nunca falei uma palavra com ele disso [sobre terapia hormonal]. Ele e minha mãe são separados. Ele vive com outra mulher, que eu nem conheço. De vez em quando falo com ele por telefone e nós nos vemos uma vez por ano. 'Como vai? Tudo bem?' e só."
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