O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) pediu que a Justiça declare a greve abusiva, a partir da paralisação que o Sintro fez, durante uma hora, no Terminal da Parangaba na terça-feira. “Além disso, houve assédio aos motoristas que queriam trabalhar, eles entraram na frente de ônibus para não sair, coagiram de toda maneira. Houve intimidação moral”, lista Dimas Barreira, diretor técnico do Sindiônibus.
O presidente do Sintro, Domingo Gomes Neto, alega que os empresários não estão respeitando o percentual de greve e escalando toda a frota. Mas o Sindiônibus frisa que todos os ônibus estarão à disposição e que os responsáveis por fazer a escala de greve são os trabalhadores.
A advogada do Sintro, Eliana Lúcia Ferreira, cita que também foi pedida à Justiça a garantia de assembleias pontuais da categoria. “Os trabalhadores estão sendo constrangidos. Quem está agindo com abusividade são eles (empresários)”, critica Eliana.
A reunião do dissídio, que estava marcada para hoje, foi adiada para amanhã, às 8 horas, na sede do TRT. Conforme a assessoria de imprensa do Tribunal, o presidente, desembargador José Antônio Parente da Silva, deve ouvir as partes e decidir sobre a questão econômica, o reajuste salarial em questão. Em relação aos dois recursos ingressados ontem, o desembargador deve se manifestar depois.
O procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho, Gérson Marques, deve participar da reunião. Segundo ele, a decisão deve demorar. “Mesmo que se dê prioridade, não é coisa para menos de 15 dias, não”, estima.
No relatório que a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) está encaminhando ao TRT, consta que alguns percentuais da frota não estão sendo respeitados. Segundo o Sintro, por falta de GPS em alguns ônibus. Conforme Dimas Barreira, do Sindiônibus, todas as empresas têm GPS nos veículos.
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