No dia em que os locais de competição dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, passaram pela inspeção final, ativistas voltaram a se manifestar contra as leis 'antigays' na Rússia e escolheram a sede do Comitê Organizador, em Moscou, para protestar. Os manifestantes foram detidos pela polícia quando se aproximaram da entrada do prédio e um deles foi levado diante das câmeras, no exato momento em que concedia entrevista e explicava a intenção do grupo.
"Nós estamos protestando contra as violações aos direitos LGBT na Rússia, contra a proibição aos nossos protestos pacíficos em Sochi. Nossa tentativa de registrar a organização do orgulho gay em Sochi foi considerada ilegal e extremista, então, estou jogando com as palavras aqui "Olympic Games" (Jogos Olímpicos), Olympic Gays. Ninguém teria problema com isso em qualquer lugar do mundo, mas na Rússia, por algum motivo..." explicava o ativista, quando foi interrompido e levado por policiais.
Como a lei russa proíbe qualquer tipo de manifestações a favor dos direitos LGBT, a questão é frequentemente discutida e contestada por quem integra ou apoia o movimento LGBT e gerou polêmicas também entre os atletas. Alguns demonstraram apoio, especialmente durante o Mundial de Atletismo, quando a russa Yelena Isinbayeva aumentou a repercussão ao defender a legislação, afirma que os russos não gostavam de demonstrações públicas de LGBT, que acontece de 7 a 23 de fevereiro, em Sochi.
Apesar do protesto desta quarta-feira ter sido pacífico, dez manifestantes dos direitos LGBT foram detidos. Eles foram liberados e, segundo o jornal "The Moscow Times", serão acusados de realizarem um evento não autorizado pelas autoridades.
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