A data não poderia ser mais propícia. Em 2003, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluiu o dia 29 de agosto no calendário nacional de comemorações como sendo o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. Além disso, em 2013, completam-se trinta anos desde uma manifestação de lésbicas no extinto Ferro’s Bar, em São Paulo. Na ocasião, polícia e mídia foram favoráveis aos diretos gays.
De acordo com Karla, todos os aspectos menos favoráveis da homossexualidade facilmente ganham espaço na imprensa e em programas de humor. “Diante disso, o livro [‘Muito Prazer’] tem um propósito declarado de expor perfis que transmitam exemplos positivos”, defende a autora. “Esse foi um recorte editorial deliberado que fiz.”
“Privilegiei não apenas histórias pessoais bem-sucedidas, mas também procurei variar as atividades profissionais das entrevistas”, relata Karla. No livro-reportagem, a escritora não usa pseudônimos e nem siglas — todas as entrevistadas são identificadas plenamente.
Para a escritora, em um mundo ideal, no qual a orientação sexual das pessoas fosse tão indiferente quanto outros aspectos privados, a obra não teria razão de ser. “O livro que eu escrevi não seria necessário, não faria sentido.”
“Como, infelizmente, estamos muito distantes do mundo ideal, o livro é necessário para, em primeiro lugar, mostrar para a sociedade aspectos das vidas das lésbicas que raramente ganham noticiabilidade. Em segundo lugar, é importante para servir de referência positiva para mulheres homo, bi ou transexuais, uma referência positiva de inserção social”, diz.
O prefácio é escrito pelo deputado Jean Wyllys e quarta capa pela jurista Maria Berenice Dias.
Fonte: Portal Imprensa
Confira o teaser da obra:
Fonte: Portal Imprensa
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