quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Nos Estados Unidos, Obama, McCain e casamento gay dividirão as urnas


No dia 4 de novembro, os americanos decidirão, além do novo presidente dos EUA, a legalização do casamento gay. A atenção do eleitorado, é claro, está toda na “Proposition 8”, proposta que pretende proibir a união homossexual na Califórnia.
A Suprema Corte disse, em maio, que a Carta Magna do estado garante a igualdade dos cidadãos, pela qual os homossexuais têm o mesmo direito de se casar que os heterossexuais. O pronunciamento em questão anulou a Proposta 22, que tinha sido aprovada nas eleições de 2000 em plebiscito e que definia o casamento na Califórnia como uma união exclusivamente heterossexual.
As pesquisas, ao contrário do que ocorreu em 2000, mostram que o povo californiano anda favorável ao casamento gay, embora o apoio tenha caído à medida que se aproxima o dia da eleição. Segundo os últimos dados do Public Policy Institute of California (PPIC), 44% dos consultados eram a favor de proibir esse tipo de união, contra 52% que se opunham. Já em agosto, 40% dos eleitores disseram que apoiariam a medida, contra 56% que rejeitaram isso.
O avanço da opinião desfavorável provocou uma corrida entre os homossexuais para se casarem antes do plebiscito, e o número de enlaces já superou 11 mil desde que foram autorizados, em junho.
A batalha pela igualdade é vista com interesse em Hollywood, onde cineastas como Steven Spielberg e atores como Brad Pitt se posicionaram contra a Proposta 8 e doaram US$ 100 mil à causa cada um.
A polêmica existente sobre o tema também mobilizou grupos em campanhas de apoio e rejeição, que gastam enormes somas de dinheiro em publicidade. Até o momento, os que promovem o “sim” conseguiram US$ 26,7 milhões, contra US$ 26,1 milhões dos que apostam no “não”.

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