quinta-feira, 26 de junho de 2008

Movimento LGBTT terá delegacia especializada


Plano Estadual de Políticas Públicas para LGBTT deve ser finalizado até o fim deste ano, segundo o governo.
Palavra-chave do Movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais(LGBTT), o respeito pela diversidade pautou o discurso de dirigentes do poder público e de participantes do Café do Arco-íris, realizado ontem, no Palácio Iracema, pela Secretaria Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). Nele, as secretarias da Justiça e Cidadania, Educação e de Segurança Pública e Defesa Social lançaram suas conquistas e planos de ação para o próximo semestre, como a construção da Delegacia de Minorias e o Plano Estadual de Políticas Públicas.
Roberto Monteiro, secretário de Segurança Pública e Defesa Social, salientou que a criação de uma delegacia para as minorias não resolve o problema da violência contra o segmento, mas dignifica o atendimento a oferecer ao público um espaço diferenciado e profissionais treinados para a diversidade.
‘‘Esse projeto existe desde o ano passado e cuidará também da violência contra afrodescendentes e idosos. O melhor seria que tivéssemos uma delegacia especializada para cada necessidade, mas no momento, o Estado ainda não tem recursos’’, explicou o secretário, acrescentando que ‘‘com a Delegacia das Minorias, vamos impedir que a violência contra esse público caia no esquecimento’.
De acordo com Fátima Catunda, titular da STDS, as conferências Estadual e Regionais de Políticas Públicas para LGBTT deram subsídios para o Plano Estadual, direcionado à educação para a tolerância, segurança, saúde e combate à violência. Pinheiro Júnior, assessor da Secretaria de Justiça e Cidadania, estima que o Plano Estadual de Políticas Públicas para LGBTT comece a ser elaborado em até 20 dias e esteja finalizado até dezembro deste ano.
O Café do Arco-íris faz parte da programação da Semana da Diversidade, que termina domingo, com a Parada da Diversidade, na Avenida Beira-Mar. Elísio Loyola, secretário do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), lembrou da necessidade de desenvolver um estado laico, sem preconceitos e preparado para as diferenças. ‘‘Precisamos de ações governamentais para a humanidade como um todo, porque na hora de pagar impostos, a sexualidade não faz a mínima diferença, todos são iguais’’.

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