quinta-feira, 2 de outubro de 2014

PREFEITURA DE CURITIBA É CRITICADA E REPUBLICA IMAGEM COM CASAIS GAYS


Após inúmeras críticas dos seguidores do perfil da Prefeitura de Curitiba no Facebook a administração municipal decidiu rever mais uma vez a postagem sobre um casamento coletivo que será realizado na cidade, em dezembro. Após reclamações da bancada evangélica na Câmara de Vereadores em virtude de uma imagem atrelada à postagem que mostrava casais homoafetivos e um casal heterossexual, a prefeitura tirou o texto. Com as críticas, a imagem voltou a ser compartilhada pelo perfil institucional, junto com um pedido de desculpas.

A moção de repúdio, lida no Plenário da Câmara de Vereadores, nesta quarta-feira (1º), pela vereadora Carla Pimentel, foi apoiada por diversos parlamentares. O texto divulgado pela parlamentar tinha o seguinte conteúdo: "Curitiba terá em dezembro o maior casamento coletivo já realizado na cidade com aproximadamente 1,5mil "casais". 

Para a cerimônia, podem fazer a inscrição casais homoafetivos e que queiram fazer a renovação de votos. A promoção da cerimonia é do poder Judiciário em parceria com a Prefeitura de Curitiba". O destaque na palavra casais foi dado por Carla Pimentel ao redigir a moção.
Para a vereadora, o casamento só pode ocorrer entre pessoas de sexo distinto. Na opinião dela, o texto publicado pela Prefeitura de Curitiba desconsidera os tradicionais casais heterossexuais que atendidos pelo programa. Pimentel ainda argumenta que a benção religiosa seria cerceada e critica a falta de discussão sobre o tema. 

Carla Pimentel afirmou ainda que não é uma questão religiosa e sim uma questão de princípios de governança, já que considera a publicação foi tendenciosa para um Estado laico.

Em Plenário, a vereadora teve o apoio de diversos colegas. Ailton Araújo (PSC), por exemplo, afirmou que o poder público não pode fazer apologia a nenhum tipo de comportamento ou crença. Noemia Rocha (PMDB) afirmou que o Brasil é um país cristão e que a divulgação no Facebook foi ofensiva. Segundo a peemedebista, a bancada evangélica de vereadores defende o conceito de "família natural". Para o vereador Valdemir Soares (PRB), união civil é uma coisa. Casamento é outra. Casamento é homem e mulher". Chico do Uberaba (PMN) 
também se manifestou. "Sou da época em que menino gostava de menina, e menina gostava de menino".
Os vereadores Jonny Stica e Professora Josete, ambos do PT, se manifestaram contrários ao posicionamento dos vereadores evangélicos e criticaram o cunho religioso da discussão. O líder do governo na Câmara Pedro Paulo (PT) afirmou que não se pode aceitar a violência, o ódio. Ele disse ainda que o mais importante é ressaltar o alcance social do casamento comunitário, que isenta os casais das custas cartoriais.
Após a retirada da postagem e da imagem que causou a comoção parlamentar, a prefeitura usou o perfil institucional no Facebook para explicar a retirada do texto. "Não houve intenção de ofender qualquer grupo, mas sim de informar a todos os públicos que podem usufruir do serviço", diz a nota.

Já no início da noite, pelo Facebook, a Prefeitura afirmou que a mensagem foi apagada porque um grupo de pessoas se declarou ofendido. "A página da Prefeitura de Curitiba no Facebook optou por retirar o conteúdo para conservar seu caráter agregador e garantir o espaço de todos os públicos. A retirada da publicação não altera a disposição da Prefeitura de Curitiba para promover a igualdade em todos os âmbitos, como determinam as leis de nosso país, a começar pela Constituição Federal", explica a mensagem do Facebook.

Horas depois, a imagem retornou com um pedido de desculpas que dizia: “Desculpa.
A Prefs (sic) é uma equipe, formada por gente. Às vezes a gente acerta, às vezes erra.
Nós erramos, e pedimos desculpas." O texto foi assinado por toda a equipe de comunicação da prefeitura.
Fonte:G1


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