quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

TRAVESTI PODE SER DEPORTADA DA EUROPA POR CHEFIAR REDE DE TRÁFICO HUMANO

Uma travesti paraibana, conhecida como Diná, poderá ser deportada para o Brasil por chefiar uma quadrilha de aliciadores e tráfico internacional de seres humanos para a exploração sexual. Isnard Cabral que é natural do município de Mulungu (85 Km de João Pessoa) é suspeita de gerenciar casas de prostituição e o italiano Paolo Simi, acusado de ser o cabeça da quadrilha. seria o aliciador.


Desde 2011 a Polícia Federal instaurou inquéritos contra seis membros desta quadrilha de tráfico humano. Eles ainda estão soltos em solo italiano por entraves nas relações internacionais.

 A extradição de Diná (por ser brasileira) só será possível quando a justiça expedir a carta rogatória - é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países -. Outras quatro pessoas também respondem a processo, por serem parte da quadrilha, conforme identificou a Polícia Federal.
O procurador-chefe do Trabalho, Eduardo Varandas, revelou que atualmente 30 travestis podem estar sendo vítimas de tráfico de pessoas, vivendo em condições subumanas, como escravas.  Para ele, o Brasil é o maior exportador de travestis do mundo, uma vez que faltam políticas públicas de assistência a esse segmento social. “Aqui elas são tão maltratadas como pelo tráfico lá fora”, ressaltou Eduardo Varandas.
A rede de aliciamento e tráfico internacional de seres humanos para a exploração sexual em condições de trabalho escravo aliciava jovens homossexuais de cidades localizadas principalmente no Brejo paraibano. Só Araçagi exportou para a Europa pelo menos 40 jovens homossexuais. Na Europa, os jovens passam por uma transformação no corpo. Silicone é colocado de forma clandestina e eles são submetidos a condições degradantes. 
Plano de Enfrentamento 
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,  a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, divulgarão nesta terça-feira (26) o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Na ocasião, também será apresentado o primeiro relatório com dados consolidados sobre o assunto.
Onde denunciar o tráfico de pessoas:
- No Brasil, através do Disque 100 ou do Disque 180
- Se estiver no exterior:
* Espanha: 900 990 055 (opção 1) Informe: 61-3799.0180
* Portugal: 800 800 550 (opção 1) Informe: 61-3799.0180
* Itália: 800 172 211 (opção 1) Informe: 61-3799.0180
* Nos consulados ou embaixadas brasileiras
- Na internet: www.denuncia.pf.gov.br / denuncia.urtp@dpf.gov.br


Fonte: UOL

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