quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

BRASIL VAI PRODUZIR GENÉRICO CONTRA HIV

Mais uma aposta na produção nacional de medicamentos para a Aids e as hepatites acaba de se concretizar. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu, por meio da Resolução nº 487/2011, o registro de comercialização da versão genérica do Tenofovir para o laboratório oficial Fundação Ezequiel Dias (Funed - Governo do Estado de Minas Gerais).

Com a autorização, nove milhões de comprimidos começarão a ser produzidos a partir da próxima semana. Atualmente, cerca de 64 mil pacientes de aids e 1,5 mil de hepatites fazem uso do Tenofovir no País.

Essa produção tornou-se uma realidade em função de parceria público-privada, viabilizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde.

Autonomia

O primeiro lote nacional do Tenofovir estará disponível para os pacientes no final de março. Com o início da fabricação, 10 dos 20 medicamentos antirretrovirais fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passam a ser fabricados no Brasil, o que fortalece a autonomia do País na produção de fármacos.

A concessão também comprova a capacidade técnica de produção nacional e reafirma o compromisso com a sustentabilidade do tratamento para as duas doenças.

"Além de disponibilizar o medicamento para as pessoas que vivem com Aids e hepatites, fica garantida a oferta a longo prazo, contribuindo para diminuir a dependência externa", enfatizou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. Em 2010, foram investidos R$ 577,6 milhões na aquisição de antirretrovirais importados e R$ 224,9 milhões na fabricação dos nacionais. Mesmo incluindo o investimento com incorporação da tecnologia, o preço inicial do Tenofovir nacional será o mesmo pago pelo SUS na última aquisição internacional: R$ 4,02.

Até o fim de 2011, a Funed entregará ao Ministério da Saúde, em quatro etapas, 36 milhões de comprimidos.

A produção do Tenofovir é uma conquista do Governo, que declarou que o medicamento era de interesse público.
Fonte:G1

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