terça-feira, 20 de outubro de 2009

SACRILÉGIO? Calendário de associações da Espanha retrata santas como transexuais e drag queens


O Coletivo de Gays, Lésbicas, Transexuais e Bissexuais de Madri (Cogam), na Espanha, lançou o Calendário Laico, no qual imagens de arte sacra, como a da Virgem Maria, são retratadas por transexuais e drag queens, conforme informa a BBC Brasil.


As fotos foram produzidas em junho durante a Parada do Orgulho Gay de Madri, quando quinhentas cópias foram distribuídas e, claro, rapidamente esgotadas. Diante do sucesso, o Cogam produziu 10 mil exemplares, que começam a ser vendidos nesta semana.
Segundo o presidente do Cogam Miguel Ángel González, a publicação tem como objetivo reivindicar que, em um país laico, os feriados santos sejam substituídos por eventos sociais. "Pode ser que alguém se chateie. Esperamos que nenhum fiel se sinta ofendido, porque não era a intenção, nem vemos nada de vulgar nas fotos", disse González.


Mas não demorou para a reação da igreja. Representantes do grupo católico Plataforma Hazte oír (Faz-te ouvir) já se manifestaram contra o calendário. Segundo eles, ofende claramente os valores católicos. A Plataforma já fez diversos protestos nas ruas de Madri contra a legalização do aborto e contra a união civil homossexual.


"Estamos fartos de ver estes tipos de agressões. Essa inquisição rosa é constante porque os homossexuais espanhóis aproveitam qualquer oportunidade para soltar qualquer barbaridade em nome da liberdade de expressão", disse revoltado o coordenador da Plataforma Hazte oír Nicolás Susena.


Processo – Os representantes católicos entraram com um processo contra a Cogam. Baseado no Código Penal, o vice-presidente da Associação Religião e Liberdade Raúl Mayoral alega que a publicação vulnera o artigo que prevê penas de oito a doze meses de prisão para quem ofenda os sentimentos dos membros de uma confissão religiosa. Assim, o processo deve ser enviado como provocação e ofensa. Por sua vez, o presidente do Cogam rebate: "Mas também não é uma provocação a onipresença da Igreja e a negação da homossexualidade por parte do clero, fazendo uso dos seus ícones? A arte está aí para isso: para romper os esquemas”, diz Miguel Ángel González.














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