Gays, lésbicas, travestis, transexuais e simpatizantes lotaram, na tarde desta quinta-feira (11), as cerca de 120 tendas da 9ª edição da Feira Cultural LGBT, que é realizada no Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo. Considerado uma prévia da Parada do Orgulho LGBT, o evento reúne diversas atrações, entre apresentações musicais, de drag queens e oficinas.
Quem chega ao local, é logo recepcionado por voluntários que distribuem gratuitamente preservativos. Há ainda a distribuição de panfletos com temas variados de interesse do público LGBT, como a questão da homofobia e preconceitos.
Pela primeira vez na feira, a artista plástica Bárbara Silva, de 29 anos, estava curtindo o evento na tarde desta quinta. “Pena que não tem coisas desse tipo na minha terra”, disse ela, que mora em Belo Horizonte.
A amiga da artista, Natália Carvalho, estilista de 24 anos, mostrou-se animada mesmo é com a chegada do dia da Parada do Orgulho LGBT, prevista para este domingo (14). “Só espero que tenha bastante gente e que não tenha confusão”, desejou.
Mas, apesar da feira ter agradado ao público, o aposentado Paulo Silva, de 50 anos, criticou o que ele diz ser um engajamento insuficiente de quem comparece aos eventos relacionados a homossuexais.
“Está saindo um pouco do foco. Na Parada Gay, por exemplo, metade do público nada tem a ver com o movimento”, disse ele, que é homossexual e mora em São Paulo. “Sabe festa de pobre ao ar livre? Então, é mais ou menos assim”, comparou. “Fazem um grande carnaval, mas a proposta de orgulho gay está em falta”, completou. A 9ª edição da Feira Cultural LGBT vai até as 22h. Paralelamente ao evento, acontece o Flash - Festival de Diversidade na Música. A organização espera reunir cerca de 200 mil pessoas.
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