sábado, 20 de setembro de 2014

FACEBOOK NÃO CEDE E MANTEM POLÍTICA DE “NOME REAL”. DRAGS QUEREM RETOMAR PROTESTO

Parece que a polêmica de nomes no Facebook está longe de terminar. Isso porque, nesta quarta (17/09), um encontro entre ativistas dos direitos trans e representantes da rede social em São Francisco, nos EUA, não resultou em um consenso. Ou seja, o Facebook se recusou a admitir que essa regra é injusta e discriminatória e decidiu não alterar sua política de “nome real” nos perfis.
Uma das presentes no encontro, foi a drag Sister Roma. Segundo ela, o Facebook explicou que a política que obriga todos a usarem seu nome legal não é aplicada como deveria, pois o usuário não precisa provar seu nome através de documentos oficiais ao criar seu perfil. O que acontece é que, uma vez que uma conta é denunciada por usar nome falso, ela é revisada por pessoas que monitoram o site ao redor do mundo. Se os funcionários determinarem que a pessoas não está usando seu nome real, o perfil é suspenso. “Eles parecem estar abertos a considerar que há falhas nesse processo de revisão”, acrescentou a drag em sua pagina no Facebook.
Apesar de tudo, o Facebook concorda em manter o diálogo com a comunidade, para ouvir suas preocupações e trabalhar para encontrar uma solução. “Soubemos que há funcionários LGBTs do Facebook pressionando internamente para a mudança de política. Agradecemos pela coragem”, contou o líder comunitário David Campos, de São Francisco, também presente na reunião.
Logo após o encontro, a rede social anunciou que iria repor os perfis deletados ou suspensos recentemente, pelo período de duas semanas, para que estes possam confirmar sua identidade, mudar para seus nomes legais ou migrar para página de fãs. “É um gesto completamente oco”, acusa Sister Roma. “Basicamente, eles ofereceram nossos perfis de volta para que duas semanas mais tarde eles possam exigir o cumprimento de sua política discriminatória, e deletá-los de novo. Isto é completamente inaceitável”, desabafa. Ela defende, ainda, que seja levado adiante a ideia de um protesto na sede da empresa, que havia sido adiado por conta da reunião. “Eles podem ser capazes de nos limpar do Facebook, mas eles vão saber que ainda estamos aqui”.
Com informações:Pheeno

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