“O Brasil anda uó [ruim] para quem é LGBT.” A frase consta do manifesto “Acorda, Alice”, assinado por um grupo de “militantes sociais” que decidiu se organizar para tentar aumentar a representatividade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Legislativo.
Com essa finalidade, eles lançam nesta segunda-feira (8) a campanha #VoteLGBT. Até 5 de outubro, pretendem divulgar -sobretudo nas mídias sociais- candidatos com ideias favoráveis aos direitos civis do grupo. No site da campanha (www.votelgbt.org), é possível pesquisar os simpatizantes por Estado ou cargo a que concorrem.
“A ideia é juntar forças”, diz o artista visual Gui Mohallem, um dos participantes. “As pessoas só pensam nas eleições presidenciais e esquecem que quem de fato elabora as leis são os legisladores. É importante ter representação nessas instâncias.”
Trata-se também de uma resposta ao aumento da bancada evangélica nos últimos anos. “A gente está muito preocupado com esse crescimento. Não somos contra os evangélicos, mas a bancada deles tem uma pauta conservadora e, muitas vezes, homofóbica”, afirma outro membro, o revisor de textos Marcos Visnadi.
O grupo se diz suprapartidário e afirma que as preferências políticas individuais de cada um não têm relevância para o trabalho. “Não queremos indicar um candidato ou partido”, diz Visnadi. “A ideia é mapear e tentar divulgar quem apoia a causa.
A temática LGBT transformou-se em uma das marcas da campanha presidencial, até aqui. Nos últimos dias, polêmicas como o apoio à legalização do casamento gay rondaram as campanhas das presidenciáveis Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT).
A candidata do PSB chegou a acenar, no programa de governo, com apoio à causa. Em seguida, recuou, no que recebeu apoio dos evangélicos. Em movimento contrário, a petista condenou a homofobia. (da Folhapress)
Com informações:O Povo
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