Seis homens foram presos em São Paulo e confessaram, atacar gays nas saídas de boates. A
polícia chegou até a quadrilha quando investigava a morte do estudante Bruno Borges de Oliveira, de 18 anos.
Mesmo com todas as evidencias de crime homofônico a polícia de São Paulo investigava a morte como um
latrocínio – que é o roubo seguido de morte – e acabou chegando a uma quadrilha
especializada em atacar homossexuais, na saída das baladas. Seis suspeitos
estão presos. E foram reconhecidos por vítimas de outros ataques.
“Eu tento não me privar de sair porque eu acho que a
gente não pode viver refém do medo. Mas a gente vive sob ameaça. Eu não tenho
medo normal de ser roubado. Eu tenho medo de apanhar por ser gay”.
O desabafo é de uma vítima desta quadrilha que agredia e
roubava freqüentadores da região da Rua Augusta, perto do Centro.
A polícia chegou ao grupo quando investigava a morte do
estudante Bruno Borges de Oliveira, de 18 anos.
Há uma semana, Bruno e dois amigos foram atacados depois
de sair de um bar gay. Imagens de segurança mostram que os amigos escaparam.
Mas Bruno não conseguiu.
“Quando a gente desceu ele já estava morto no chão já”,
contou um amigo, que preferiu não se identificar.
Um dos presos, Leonardo da Rosa, de 23 anos, confessou
que bateu no estudante usando um skate.
“Eles escolhiam as vítimas por serem gays. Fazia parte do
ritual de humilhação subtrair os bens da vítima”, diz o delegado Ruy ferras
Fontes, do Deic em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
A polícia diz que a quadrilha agia sempre na região da
Augusta, onde existem muitos bares. Os bandidos passavam a noite circulando
pelas ruas mais movimentadas e atacavam as vítimas, geralmente homossexuais, no
fim da madrugada, quando eles iam embora.
Na noite do assassinato de Bruno, pelo menos outras três
vítimas foram roubadas e agredidas.
“Vieram me deram um soco, tentaram me cercar. Para mim
não tem dúvida que isso é resultado de homofobia”, conta uma vítima, sem se
identificar.
A polícia disse que muitas vítimas acabam não prestando
queixa porque não acreditam que vão recuperar o que foi levado pelos bandidos.
E falou que agora, com a divulgação das imagens da quadrilha, muita gente deve
procurar a delegacia para registrar outras ocorrências.
Com informações:Uol
Com informações:Uol
Veja o vídeo e denuncie qualquer ataque, pois o seu silêncio é a arma da homofobia!
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