terça-feira, 20 de novembro de 2012
JEAN WYLLYS DENUNCIA CRIMES MOTIVADOS POR HOMOFOBIA EM PAINEL DA CIDH DA OEA
Em painel sobre a violação de direitos de pessoas LGBT na América Latina realizado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos em Bogotá, Colômbia, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) destacou entre as estatísticas de crimes contra vida motivados por homofobia no Brasil, a morte do ativista Lucas Fortuna, assassinado no domingo 18 no estado de Pernambuco.
Fortuna, jornalista goiano de 28 anos, foi encontrado morto na praia de Cabo de Santo Agostinho, perto de Recife. Estava apenas de cueca e com marcas de espancamento, sinais de agressão que caracterizam o crime como motivado por ódio. Militante ativo do Movimento LGBT em Goiânia, fundador do Grupo Colcha de Retalhos, organizador de diversas paradas gays, Fortuna lutava pela aprovação do Projeto de Lei 122, que assegura a punição à homofobia no Brasil.
Segundo Wyllys, a comissão acatou a denúncia do assassinato por motivação homofóbica e, por meio da Unidade para os Direitos das Pessoas LGBTs da CIDHs da OEA, incluirá a morte de Fortuna entre os crimes que acompanha.
Em sua fala no painel “Experiências de participação política e violação de direitos de pessoas LGBT na América Latina”, na segunda-feira 19, Wyllys destacou a importância de se aprovar leis que garantam os direitos humanos e fundamentais de LGBTs e também políticas púbicas que promovam a cidadania desse segmento da população. O deputado criticou o governo federal, que, segundo ele, nesses 12 anos de gestão “muito prometeu e pouco cumpriu efetivamente”. Wyllys também abordou questões de representação, despolitização e agenda política dos movimentos sociais, além da perseguição de segmentos contrários à cidadania LGBT.
Para Wyllys, o único representante brasileiro no encontro, o “fundamentalismo” é o entrave à cidadania de minorias. “ Nessa reunião, há parlamentares e representantes de toda América Latina e Caribe, e todos apontam o fundamentalismo religioso como um mal. Parlamentares da Bolívia, Peru, Chile e Colômbia criticam a exportação, por parte do Brasil, de suas igrejas-empresas fundamentalistas. As que operam na América Latina já não são tanto exportadas pelos EUA, mas pelo Brasil. E essas igrejas fundamentalistas, segundo parlamentares latino-americanos, têm influenciado na política contra direitos de minorias”, disse.
Fonte:Carta Capital
JORNALISTA E ATIVISTA GAY É ENCONTRADO MORTO EM PERNAMBUCO
Goiás -
O jornalista goiano Lucas Cardoso Fortuna, de 28 anos, foi encontrado
morto, neste domingo, na praia de Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho,
Região Metropolitana do Recife.
Segundo informou a Delegacia do município, Lucas estava apenas de cueca
quando foi encontrado pelos policiais. O jovem estaria na cidade para
atuar como árbitro de um campeonato da Federação Goiana de Voleibol.
Lucas era presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no município de Santo Antônio de Goiás e, também, um dos mais importantes militantes do Movimento Gay em Goiânia. Seu corpo foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife. A polícia investiga a causa da morte e aguarda o laudo do IML para se pronunciar.
“Tudo leva a crer tratar-se de um crime homofóbico pelas agressões sofridas. Lucas Fortuna era um militante da causa gay e combatia a intolerância e a violência através de suas ações pacíficas e brilhante oratória . Durante anos foi um dos organizadores em Goiânia da Parada Gay”, escreveu o professor da Universidade Federal de Goiás, Juarez Ferraz de Maia, em nota.
O militante morreu no mesmo dia em que era celebrada a 17ª Parada do Orgulho Gay de Copacabana. Durante anos, Lucas lutou pela aprovação do Projeto de Lei 122, que assegura a punição à homofobia no Brasil. O projeto de lei ainda não foi votado pelo Congresso Nacional.
Lucas era presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no município de Santo Antônio de Goiás e, também, um dos mais importantes militantes do Movimento Gay em Goiânia. Seu corpo foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife. A polícia investiga a causa da morte e aguarda o laudo do IML para se pronunciar.
“Tudo leva a crer tratar-se de um crime homofóbico pelas agressões sofridas. Lucas Fortuna era um militante da causa gay e combatia a intolerância e a violência através de suas ações pacíficas e brilhante oratória . Durante anos foi um dos organizadores em Goiânia da Parada Gay”, escreveu o professor da Universidade Federal de Goiás, Juarez Ferraz de Maia, em nota.
O militante morreu no mesmo dia em que era celebrada a 17ª Parada do Orgulho Gay de Copacabana. Durante anos, Lucas lutou pela aprovação do Projeto de Lei 122, que assegura a punição à homofobia no Brasil. O projeto de lei ainda não foi votado pelo Congresso Nacional.
CÂMERA DE MOTEL REGISTRA MOMENTO EM QUE TRAVESTIS SÃO MORTAS EM GO
A polícia divulgou na manhã desta terça-feira (20) imagens do circuito de segurança de um motel que mostram o momento em que três travestis foram mortas, em setembro deste ano, no sítio Santa Luzia, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana.
As cenas mostram dois adolescentes chegando a pé em um motel. Eles rendem duas travestis que estão na porta e fazem com que elas se deitem no chão. Depois, os suspeitos ainda abordam uma terceira travesti, que está em um carro e também é obrigada a se deitar. O jovem dispara em cada uma das travestis e todos fogem correndo.
A polícia apresentou os suspeitos de participar da execução das travestis. São três jovens, um dele menor de idade. O inquérito foi concluído e a polícia acredita que o crime tenha sido causado por vingança, já que, segundo a versão da polícia, uma das travestis teria sido assaltada por um dos suspeitos. Ao ser preso, o criminoso teria sido reconhecido na delegacia pela travesti vítima do assalto. Após ser solto, o suspeito teria se vingado da travesti e, então, cometendo o triplo assassinato.
O delegado Fabrício Madruga conta que o suspeito argumentou que não pretendia matar os outros dois travestis: “Ele alegou que estava muito bêbado e drogado e acabou matando os três”.
Segundo o delegado, com relação ao adolescente, o caso será encaminhado à Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). Já os dois adultos serão indiciados por participação no triplo homicídio.
Assista ao vídeo aqui
Fonte:G1
DETECÇÃO DO VÍRUS HIV EM TESTE NACIONAL É FALHA
Atrasado na sua implantação há dez anos, o teste de sangue fabricado
pelo governo brasileiro (NAT) e já utilizado no SUS para a detecção
precoce do vírus HIV e da hepatite C tem falhas, segundo hematologistas
brasileiros.
O teste NAT (ácido nucleico) reconhece o material genético do vírus e detecta a sua presença mais cedo no organismo do que o convencional (Elisa). O nacional é feito pelo instituto Bio-Manguinhos, da Fiocruz. Os comerciais são da Roche e da Novartis.
O alerta foi feito durante congresso da ABHH (Sociedade Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular). Os médicos devem pedir que o Ministério da Saúde interrompa a distribuição do teste nacional NAT até que as falhas sejam corrigidas.
Segundo Dante Langhi Junior, diretor da ABHH e médico do hemocentro da Santa Casa de São Paulo, vários serviços relataram problemas. "A gente testa com o Elisa e dá positivo [para Aids ou hepatite], depois testa com o NAT do governo e dá negativo. Volta a testar a mesma amostra com o NAT comercial e dá positivo. O teste do governo não garante a segurança a que ele se propõe."
Não há notícias, porém, de que tenha havido contaminação por conta dessas falhas.
Em 12 amostras de sangue testadas pelo Hemocentro de Ribeirão Preto, ligado à USP, o NAT nacional não detectou o HIV em oito delas. "Ele falha numa grande proporção dos casos", diz o diretor Dimas Tadeu Costa.
Segundo ele, a sensibilidade do teste é estimada em 30 partículas virais. Mas o NAT nacional só conseguiu perceber a presença do HIV quando havia 500 partículas. "Isso é que faz a diferença na janela imunológica. Quanto menos vírus se consegue detectar, maior é a segurança da transfusão." Ele decidiu não usar mais o NAT nacional.
"Não existe transfusão com risco zero. Mas, se temos testes que comprovadamente minimizam os riscos de transmissão de doenças, temos obrigação legal de utilizá-los", afirma Langhi Junior.
Na opinião de José Augusto Barreto, superintendente da Colsan (Associação Beneficiente de Coleta de Sangue), o ministério se precipitou em incluir o teste na rotina.
OUTRO LADO
Durante o congresso, o coordenador da área de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, disse que o teste está em fase de desenvolvimento e que os problemas são "totalmente solucionáveis".
"Temos soluções tecnológicas e ajustes, mas nenhum problema que invalide o teste", afirmou. Ele garantiu ainda que esses ajustes acontecerão até a publicação da portaria, que tornará o teste obrigatório, prevista para sair até o final do mês.
Fonte:Folha de São Paulo
O teste NAT (ácido nucleico) reconhece o material genético do vírus e detecta a sua presença mais cedo no organismo do que o convencional (Elisa). O nacional é feito pelo instituto Bio-Manguinhos, da Fiocruz. Os comerciais são da Roche e da Novartis.
O alerta foi feito durante congresso da ABHH (Sociedade Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular). Os médicos devem pedir que o Ministério da Saúde interrompa a distribuição do teste nacional NAT até que as falhas sejam corrigidas.
Segundo Dante Langhi Junior, diretor da ABHH e médico do hemocentro da Santa Casa de São Paulo, vários serviços relataram problemas. "A gente testa com o Elisa e dá positivo [para Aids ou hepatite], depois testa com o NAT do governo e dá negativo. Volta a testar a mesma amostra com o NAT comercial e dá positivo. O teste do governo não garante a segurança a que ele se propõe."
Não há notícias, porém, de que tenha havido contaminação por conta dessas falhas.
Em 12 amostras de sangue testadas pelo Hemocentro de Ribeirão Preto, ligado à USP, o NAT nacional não detectou o HIV em oito delas. "Ele falha numa grande proporção dos casos", diz o diretor Dimas Tadeu Costa.
Segundo ele, a sensibilidade do teste é estimada em 30 partículas virais. Mas o NAT nacional só conseguiu perceber a presença do HIV quando havia 500 partículas. "Isso é que faz a diferença na janela imunológica. Quanto menos vírus se consegue detectar, maior é a segurança da transfusão." Ele decidiu não usar mais o NAT nacional.
"Não existe transfusão com risco zero. Mas, se temos testes que comprovadamente minimizam os riscos de transmissão de doenças, temos obrigação legal de utilizá-los", afirma Langhi Junior.
Na opinião de José Augusto Barreto, superintendente da Colsan (Associação Beneficiente de Coleta de Sangue), o ministério se precipitou em incluir o teste na rotina.
OUTRO LADO
Durante o congresso, o coordenador da área de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, disse que o teste está em fase de desenvolvimento e que os problemas são "totalmente solucionáveis".
"Temos soluções tecnológicas e ajustes, mas nenhum problema que invalide o teste", afirmou. Ele garantiu ainda que esses ajustes acontecerão até a publicação da portaria, que tornará o teste obrigatório, prevista para sair até o final do mês.
Fonte:Folha de São Paulo
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
PARADA GAY DO RIO REUNE 700 MIL PESSOAS
Cerca de 700 mil pessoas, segundo informações do comandante do 19º BPM
(Copacabana), tenente-coronel Cláudio Costa. participaram da 17ª edição
da Parada do Orgulho LGBT,
conhecida como Parada Gay, realizada neste domingo (18), na orla de
Copacabana, na Zona Sul do Rio. cerca de 700 mil participantes. Apesar
dos números divulgados pela PM, organizadores do evento calcularam um
público maior, próximo a 1,5 milhão de pessoas.
“O número de participantes não faz diferença. O que realmente importa é que este é um evento de grande visibilidade, que traz uma mensagem de paz e pede ao Congresso Nacional para criminalizar a homofobia e alerta as autoridades para o fato de somente 10% dos municípios brasileiros terem políticas públicas voltadas para homossexuais”, disse um dos fundadores do Grupo Arco-Íris e coordenador do programa Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.
O desfile que seguiu do Posto 6 ao Posto 2, contou com 15 trios elétricos e começou às 16h, uma hora após o previsto, devido à grande quantidade de discursos realizados na concentração do evento. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, foi um dos que se pronunciou e, representando o governador Sérgio Cabral, levou boas novas aos participantes.
“O Rio foi pioneiro em duas leis sugeridas em eventos como esse. Uma delas, em vigor, garante ao público LGBT direitos previdenciários. A segunda lei foi suspensa no Tribunal de Justiça há cerca de um mês, quando um homofóbico entrou com um recurso e suspendeu a lei. Mas na próxima semana, o governador vai reapresentá-la. Essa é uma lei que nasceu do desejo das pessoas que vão paras ruas gritar por seus direitos. É nas ruas que se conquista a liberdade", disse Minc.
Outra novidade anunciada por Cláudio Nascimento foi a convocação para a passeata em defesa dos royalties do petróleo, no dia 26, no Centro da cidade. Uma enorme bandeira convocava o público gay para o evento.
“Sem os royalties do petróleo uma série de programas de assistência social, inclusive dirigidos a homossexuais, ficarão sem investimentos, serão prejudicados”, destacou Nascimento.
Debaixo de sol forte, gays, lésbicas, travestis, transexuais e simpatizantes dançaram e se divertiram debaixo de sol forte e muito calor. Sob o tema “Coração não tem preconceitos. Tem amor”, com trajes coloridos, emplumados, brilhantes e descontraídos, os participantes fizeram da orla uma grande pista de dança.
Teve super-herói como Wolverine, Carmem Miranda com Zé Carioca e Hebe Camargo. Mas houve também quem não seguisse a própria intuição, como o comerciante Milton Estevam, que se vestiu de Rainha do Silicone Queen.
“Há oito anos desfilo na Parada Gay, não só no Rio, mas em Brasília e São Paulo. Além da diversão, crio a personagem para chamar a atenção das pessoas contra a homofobia e o preconceito de algumas religiões”, disse o siliconadíssima Rainha.
Teve gente que foi apenas de short e camiseta, mas se divertiu do mesmo jeito, como o vendedor Eduardo Silviano, que pulava junto com um grupo de amigos sem parar. “Isso aqui é muito alto astral, nem o calor me derruba. Não dá para ficar parado. A gente vem para cá para desfilar nossa alegria, se divertir. Não precisa de fantasia, precisa de energia”, disse Eduardo.
Já as protéticas Adriana Cristina, torcedora do Fluminense, e Ennyr Silva, torcedora do Flamengo, aproveitaram o domingo de folga para ver a Parada Gay pela primeira vez. As amigas fazem parte do percentual dos 40% heterossexuais que participam da festa, segundo cálculos do Grupo Arco-Íris.
“Não somos gays. Viemos de curiosidade. Vou aproveitar para comemorar o título do Fluminense. Tudo é festa”, disse a torcedora do time de futebol, que sagrou-se tetracampeão brasileiro no último domingo (11).
A festa terminou por volta das 20h. Segundo o comandante do 19º BPM, sem grandes incidentes: alguns casos de furto e pequenos acidentes sem gravidade.
Já agentes da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop), com apoio da Guarda Municipal, apreenderam 1.976 bebidas diversas, 52 óculos, 36 espetinhos de camarão, dois guarda-sóis, dois triciclos, uma bandeja, uma faca e uma canga com ambulantes não autorizados durante o evento. Também foram multados 461 veículos e 44 rebocados por estacionamento irregular nas imediações do evento.
Fonte:G1
“O número de participantes não faz diferença. O que realmente importa é que este é um evento de grande visibilidade, que traz uma mensagem de paz e pede ao Congresso Nacional para criminalizar a homofobia e alerta as autoridades para o fato de somente 10% dos municípios brasileiros terem políticas públicas voltadas para homossexuais”, disse um dos fundadores do Grupo Arco-Íris e coordenador do programa Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.
O desfile que seguiu do Posto 6 ao Posto 2, contou com 15 trios elétricos e começou às 16h, uma hora após o previsto, devido à grande quantidade de discursos realizados na concentração do evento. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, foi um dos que se pronunciou e, representando o governador Sérgio Cabral, levou boas novas aos participantes.
“O Rio foi pioneiro em duas leis sugeridas em eventos como esse. Uma delas, em vigor, garante ao público LGBT direitos previdenciários. A segunda lei foi suspensa no Tribunal de Justiça há cerca de um mês, quando um homofóbico entrou com um recurso e suspendeu a lei. Mas na próxima semana, o governador vai reapresentá-la. Essa é uma lei que nasceu do desejo das pessoas que vão paras ruas gritar por seus direitos. É nas ruas que se conquista a liberdade", disse Minc.
Outra novidade anunciada por Cláudio Nascimento foi a convocação para a passeata em defesa dos royalties do petróleo, no dia 26, no Centro da cidade. Uma enorme bandeira convocava o público gay para o evento.
“Sem os royalties do petróleo uma série de programas de assistência social, inclusive dirigidos a homossexuais, ficarão sem investimentos, serão prejudicados”, destacou Nascimento.
Debaixo de sol forte, gays, lésbicas, travestis, transexuais e simpatizantes dançaram e se divertiram debaixo de sol forte e muito calor. Sob o tema “Coração não tem preconceitos. Tem amor”, com trajes coloridos, emplumados, brilhantes e descontraídos, os participantes fizeram da orla uma grande pista de dança.
Teve super-herói como Wolverine, Carmem Miranda com Zé Carioca e Hebe Camargo. Mas houve também quem não seguisse a própria intuição, como o comerciante Milton Estevam, que se vestiu de Rainha do Silicone Queen.
“Há oito anos desfilo na Parada Gay, não só no Rio, mas em Brasília e São Paulo. Além da diversão, crio a personagem para chamar a atenção das pessoas contra a homofobia e o preconceito de algumas religiões”, disse o siliconadíssima Rainha.
Teve gente que foi apenas de short e camiseta, mas se divertiu do mesmo jeito, como o vendedor Eduardo Silviano, que pulava junto com um grupo de amigos sem parar. “Isso aqui é muito alto astral, nem o calor me derruba. Não dá para ficar parado. A gente vem para cá para desfilar nossa alegria, se divertir. Não precisa de fantasia, precisa de energia”, disse Eduardo.
Já as protéticas Adriana Cristina, torcedora do Fluminense, e Ennyr Silva, torcedora do Flamengo, aproveitaram o domingo de folga para ver a Parada Gay pela primeira vez. As amigas fazem parte do percentual dos 40% heterossexuais que participam da festa, segundo cálculos do Grupo Arco-Íris.
“Não somos gays. Viemos de curiosidade. Vou aproveitar para comemorar o título do Fluminense. Tudo é festa”, disse a torcedora do time de futebol, que sagrou-se tetracampeão brasileiro no último domingo (11).
A festa terminou por volta das 20h. Segundo o comandante do 19º BPM, sem grandes incidentes: alguns casos de furto e pequenos acidentes sem gravidade.
Já agentes da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop), com apoio da Guarda Municipal, apreenderam 1.976 bebidas diversas, 52 óculos, 36 espetinhos de camarão, dois guarda-sóis, dois triciclos, uma bandeja, uma faca e uma canga com ambulantes não autorizados durante o evento. Também foram multados 461 veículos e 44 rebocados por estacionamento irregular nas imediações do evento.
Fonte:G1