O
sonho de se tornar uma transexual não terminou com um final feliz para o
homossexual amazonense Bruno Amaral do Carmo, 27, que no meio
‘artístico’ atende pelo nome de Bruna Valadares. Natural de Parintins,
“ela” viajou de sua cidade natal para Jundiaí, no interior paulista, com
o desejo de aplicar silicone nos seios, nas nádegas e ficar com o corpo
‘turbinado’. Porém, ao chegar lá, descobriu que era mais uma vítima de
uma rede de tráfico humano.
Em
Jundiaí, ela foi mantida, por seis meses, em cárcere privado em uma
casa, juntamente com outras travestis, e transformada em escrava sexual.
Bruna teria sido recrutada pela travesti identificada como Eva Tompson,
que conheceu no Festival Folclórico de Parintins de 2011.
A
denuncia foi registrada pela própria vítima no Núcleo de Enfrentamento
ao Tráfico de Pessoas, da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania de
São Paulo, após Bruna conseguir fugir da casa onde era mantida presa. A
Polícia Civil paulista e a Polícia Federal investigam o caso.
O
presidente da Associação dos Gays, Lésbicas e Travestis de Parintins
(AGLTPIN), Fernando Moraes, o Dinho, denunciou o caso à imprensa e pediu
apoio da Secretaria Estadual de Justiça e dos Direitos Humanos do
Amazonas (Sejus), porque Bruna estava tendo dificuldades em retornar a
Parintins. Dinho contou que Eva Tompson patrocinou as passagens de Bruna
Valares e prometeu que, em Jundiaí, ela cresceria profissionalmente e
ganharia um bom dinheiro. “Elas se conheceram em 2011 e no início de
maio deste ano, Bruna embarcou para Jundiaí”, afirmou.
Ainda
de acordo com o presidente da Associação, Bruna está há seis meses em
Jundiaí, e lá foi batizada com o nome de “Manauara”, mas não teria se
submetido à cirurgia para o implante de silicone, conforme promessa da
travesti.
Denúncia
Na
quinta-feira passada, após conseguir fugir da casa, somente com a roupa
do corpo e com um documento de identidade, ela entrou em contato, via
torpedos de celular, com Dinho, relatando que era mantida em cárcere
privado e que, por várias vezes, foi vítima de sessões de espancamento.
Bruna relatou que trabalhava em um ponto, onde ocorriam os encontros dos
programas sexuais, para pagar o débito com a travesti Eva Tompson. "Ela
era espancada porque não conseguia ter um bom faturamento no ponto nas
ruas de Jundiaí, para onde a mandavam. Os seguranças da casa batiam nela
com taco de beisebol", descreveu Dinho.
Fonte:A Critica
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