Uma operação conjunta denominada 'Crime S.A Santos Dumont', coordenada pela delegada Ana Luiza Nogueira, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) foi deflagrada, no início da manhã deste sábado (7), em Maceió, objetivando prender pessoas acusadas de envolvimento em vários crimes na capital alagoana.
Entre os cinco presos está um agente penitenciário que é acusado de ser o chefe da quadrilha que vem cometendo vários ilícitos na parte alta de Maceió. O nome dele ainda não foi revelado pela polícia. O servidor da segurança pública estava sendo investigado pela Deic logo após o crime do casal gay Márcio Lira de Souza, 40 anos, e Eduardo Luiz Mello da Silva, 44 anos, ocorrido no dia 12 de abril desse ano.
O trabalho integrado contou com policiais de todos os setores da Deic, da Delegacia do 10° Distrito e Asfixia, da Polícia Civil, Força Nacional e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar.
Relembre o caso:
Um casal gay foi encontrado morto em um canavial na cidade de Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió. Márcio Lira Silva e Eduardo Luiz Mello da Silva estavam desaparecidos desde 28 de março, quando foram vistos pela última fez no bairro Vergel, na periferia da capital. Os dois corpos estavam com os olhos perfurados e os dedos das mãos cortados.
Na época, o delegado de Rio Largo, Antonio Edson Souza Oliveira, disse acreditar que o crime esteja relacionado a homofobia e admite que a investigação será bastante difícil. Os rapazes possivelmente foram interceptados por alguém em Maceió e os seus corpos abandonados no canavial em Rio Largo. "Foi uma desova", disse o delegado, usando o jargão policial que indica que as mortes aconteceram em um local e os corpos foram colocados em outro.
Márcio Lira e Eduardo tinham um relacionamento antigo. Os dois fariam uma viagem de férias, segundo informações de amigos e familiares à polícia. De acordo com o delegado Oliveira, parentes fizeram uma queixa na polícia de desaparecimento e depois de muitas buscas em hospitais de Alagoas, é que foram ao IML, ao serem informados de que dois corpos haviam sido encontrados no canavial. "Os corpos foram recolhidos como indigentes, sem identificação. As famílias reconheceram os dois no IML", explicou o delegado.
Fonte:G1
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