sábado, 10 de dezembro de 2011

VENDEDORA HOMOFOBICA QUER EMPREGO DE VOLTA APÓS BARRAR TRANSSEXUAL EM PROVADOR

Uma ex-funcionária da cadeia de lojas norte-americana Macy’s, que diz ter sido demitida por barrar uma mulher transsexual de usar o vestiário feminino, está tentando obter o seu emprego de volta.
Natalie Johnson argumenta que as normas da empresa contradizem as suas convicções religiosas.

No dia 30 de novembro, ela disse ter abordado uma cliente da loja a deixar o vestiário feminino e, educadamente, explicou que não era permitida a entrada de homens. Segundo Johnson, a cliente usava maquiagem e roupas femininas, mas era “visivelmente” um homem.

A cliente afirmou que era mulher, mas Johnson a impediu de entrar. No dia seguinte, a vendedora disse ter sido chamada por um gerente que disse que pessoas transsexuais eram livres para escolher qual provador usar.

“Eu tinha que ou cumprir com as ordens da Macy’s ou cumprir com a ordem de Deus”, disse Johnson, 27, ao jornal local “San Antonio”, do Texas. Estudante da universidade San Antonio, ela é membro de uma igreja sem denominação na cidade.

A identidade da cliente não foi revelada.

“Nós reconhecemos e respeitamos a diversidade de nossos clientes e sócios, mas a empresa não comenta sobre assuntos internos”, disse um porta-voz da rede de lojas em Cincinnati disse, por e-mail, ao jornal.

A ex-vendedora levou o caso para o Liberty Counsel, um escritório de advocacia conservador que defende a liberdade religiosa. O escritório entrou com uma ação no Comissão de Oportunidades Iguais de Trabalho, afirmando que a fé religiosa e a preocupação com a privacidade de sua cliente foram ignoradas.

“Essa política tem problemas porque abre os provadores a qualquer um que queira usá-los, e empregados não podem questionar”, diz o fundador do escritório, Matt Staver. “Para mim, é uma irresponsabilidade. É uma questão de tempo até que um homem entre no provador feminino vestido de mulher para ver mulheres nuas ou, pior ainda, estupre uma cliente.”

Na opinião dele, o emprego de sua cliente deve ser devolvido e a política da Macy’s deve ser mudada. Um terceiro provador deveria ser criado para evitar esse tipo de problema, ele diz.

“Transsexuais existem e compram roupas e fazem compras e devem ser tratados da mesma maneira que qualquer outra pessoa. Uma mulher transsexual é uma mulher e se a crença da vendedora não permitem que ela cumpra suas funções, ela deve procurar outro emprego”, afirma Chuck Smith, diretor da Igualdade Texas, um organização contra a discriminação de gênero.

Discriminação
Em maio de 2010, um empregado transsexual de uma loja da Macy’s em Torrance, na Califórnia, processou a empresa acusando-a de discriminação de gênero e demissão injusta.

Mas desde 2007, a rede de lojas recebe a avaliação máxima da Comissão de Direitos Humanos no que diz respeito ao tratamento a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Cm informações: Gay1

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