O caso foi o seguinte: no dia 18 de abril, na lanchonete da Kenwood Avenue, em Rosedale, Baltimore, EUA, duas jovens – uma menor de idade, de apenas 14 anos, e a outra, de 18 – atacaram e espancaram por longo tempo uma cliente de 22 anos, Chrissy Polis, sob o olhar complacente dos funcionários da lanchonete. Ouvem-se risos ao fundo. As agressoras puxam a vítima pelos cabelos, chutam, pisam, dão soco, empurram, arrastam-na pelo chão. Chamam a vítima de “dude” (traduzido para português por “macho, homem, cara” e, no caso, usado de forma pejorativa com o transexual
O vídeo foi visto por milhões na internet, tornou-se um viral.
O McDonald’s soltou um comunicado oficial. E a franquia onde ocorreu o ataque brutal apenas demitiu o funcionário que filmou todo o ataque em seu celular.
Chrissy, a vítima. Pela primeira vez, ela fala ao jornal Baltimore Sun sobre o que viveu e como está se sentindo depois de tudo.
De seu depoimento, alguns detalhes chamam a atenção. Ela é articulada, confirma que não tentou reagir porque queria apenas proteger sua cabeça. No fim, ela sangrou e ficou tendo convulsões jogada ao chão da lanchonete. No vídeo, ela conta que o ataque começou com uma delas cuspindo no seu rosto quando ia ao banheiro. Diz ter ficado estarrecida ao ser informada de que uma das agressoras tem apenas 14 anos. Acusa – e está provado no vídeo – os funcionários da lanchonete de serem omissos e nada fazerem. Eles apenas tentaram proteger as moças que a espancavam, evitando sua prisão em flagrante. Chrissy tem um olhar triste, lamenta todos os danos físicos e morais do incidente – ficou machucada, com hematomas, e teve sua vida exposta – e diz que, agora, seu único desejo seria encontrar aquela senhora que provavelmente a salvou de morrer. Chrissy está com medo de sair de casa.
A matéria foi assinada pela jornalista da Revista Época Ruth de Aquino que merece nossos parabéns.
Fonte: Revista Época
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