terça-feira, 7 de dezembro de 2010

JUIZ DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE OUVE MENORES AGRESSORES HOMOFÓBICOS E DECIDE MANTÊ-LOS NA FUNDAÇÃO CASA

Os quatro menores agressores dos homossexuais na Av. Paulista no último dia 14 de novembro foram ouvidos nesta segunda-feira, 06, pelo juiz da Vara da Infância e Juventude. O interrogatório aconteceu na Fundação Casa [ex-Febem], localizada no bairro do Brás, região central de São Paulo, e durou cerca de quatro horas.


O interrogatório aconteceu na presença de promotores, familiares e advogados dos menores agressores. Após a série de perguntas, o juiz decidiu pela permanência dos acusados na Fundação Casa.

Na próxima sexta-feira, 10, serão ouvidas as testemunhas de acusação, as vítimas e os seus respectivos advogados. Já na sexta-feira, 17, as testemunhas de defesa dos delinquentes serão ouvidas. Após esse processo, o juiz decidirá pela absolvição ou condenação dos menores com idade entre 16 e 17 anos, que pode chegar a até 3 anos de internação.

Estratégia da defesa – A estratégia da defesa é mostrar arrependimento do menor G.M., 16, que desferiu golpes com as lâmpadas fluorescentes no estudante de jornalismo Luis Alberto Betonio, 23. Já os advogados dos outros três menores usam o argumento que os clientes não participaram das agressões; apenas presenciaram. Isso porque a única imagem gravada pelo circuito de segurança de um prédio na Av. Paulista mostra apenas a ação do menor G.M.

Arrependimento – Após a internação, o adolescente G.M. deu uma declaração ao portal G1 por intermédio do seu advogado Davi Gebara. “Estou profundamente arrependido. Quero uma oportunidade, uma nova chance para mostrar que escolhi o caminho do bem. Jamais faria isso de novo”, disse o menor infrator. O advogado diz que a internação é descabida pelo fato do seu cliente ter residência fixa e ser réu primário.

No entanto, este argumento da defesa do menor cai por terra com a nova denúncia de outro homossexual de 35 anos, que alega ter sido espancado por G.M. e o maior de idade Jonathan Lauton Rodrigues, 19, no dia 14 de março deste ano, na Rua Augusta. Jonathan continua respondendo o processo em liberdade por formação de quadrilha, tentativa de homicídio e lesão corporal grave. A justiça ainda não julgou o pedido de prisão provisória do maior acusado.
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