Angelo Balducci, ex-presidente do Conselho das Obras Públicas da Itália, e com o título de Cavalheiro do Vaticano – maior título dado pelo papa Bento XVI a um leigo (não religioso) – desde 1995, foi pego em escutas telefônicas agendando encontros com michês.
Segundo as informações da polícia italiana, quem servia de intermediadores, ou cafetões, para o Cavalheiro Balducci era o corista nigeriano Thomas Chinedu Ehiem, 29, membro do coral Capela Giulia, que se apresenta na Capela de São Pedro, e o italiano Lorenzo Renzi, 33.
Ehiem trabalhou com Balducci durante dois anos e a média de michês agendados para o funcionário do Vaticano era de dois a três por semana. Os homens que atendiam sexualmente o Cavalheiro do papa eram, na maioria, seminaristas e imigrantes estrangeiros ilegais no país. Em uma das conversas transcritas na escuta telefônica, Ehiem descreve os dotes físicos de um dos michês para Balducci: “Angelo, não estás a ver... Dois metros, 97 quilos, 33 anos e completamente ativo”.
De acordo com outra parte da intermediação, o italiano Renzi tratava do pagamento dos michês e como eles deveriam se portar nos encontros sexuais. "Vais ganhar dois mil euros. Precisas do dinheiro. Pões música, tomas o Viagra e segue!", afirma Renzi numa escuta. Balducci é casado e pai de dois filhos, trabalhou com a Santa Sé na preparação de eventos como a canonização do Padre Pio e do fundador da Opus Dei, Josemaría Escrivá de Balaguer, ou a beatificação da madre Teresa de Calcutá. Balducci é também um conselheiro sênior da Congregação para a Evangelização dos Povos, o departamento que supervisiona atividades missionárias da Igreja Católica Romana em todo o mundo. Bafo!
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