O desfile do bloco Mulheres de Chico, na Praça Antero de Quental, bairro do Leblon, no Rio, tinha tudo para terminar sem nenhum problema.
Só que um morador chamou a polícia ao ver duas estudantes, uma de 18 e outra de 17, beijando-se na boca.
Quando a polícia chegou o morador alegou que aquilo era um ato de pedofilia.O soldado Abílio Cezar Lima Cabral explicou que não se tratava de pedofilia.
O morador inconformado acusou a polícia de "corpo mole" e "prevaricação" e todos foram parar na delegacia no bairro. Foi quando foliões se revoltaram e outras equipes policiais tiveram que ir até o local para conter o tumulto.
A polícia jogou gás de pimenta contra a multidão. O soldado Abílio (foto), foi empurrado e acabou sendo atropelado por um taxi quebrando o tornozelo.
Na delegacia, o delegado Gustavo Valentini concluiu que não houve nem pedofilia, nem homofobia.
— Não houve por parte do denunciante qualquer ato que pudesse ser caracterizado como infração ou mesmo homofobia — disse o delegado.
Para a universitária de 18 anos houve sim homofobia.
— Foi um beijo como qualquer outro de carnaval. Não precisava disso. Foi uma atitude homofóbica que causou uma grande confusão desnecessariamente — disse a estudante, que pediu anonimato.
Além do soldado ferido, dois homens foram indiciados por desacato e resistência à prisão. O morador que provocou toda a confusão tem sido radicalmente criticado pelos moradores do Leblon.
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