sábado, 4 de abril de 2009
(EXCLUSIVO!) GRAB 20 ANOS - Reportagem Espécial.
Há exatos 20 anos nascia da coragem de um grupo de jovens o GRAB (Grupo de Resistência Asa Branca).
Se pararmos para pensar o peso do preconceito e da discriminação que sofremos ainda hoje, podemos imaginar quanta coragem eles precisaram para realizar tal façanha.
Em 1991 dois anos após ver seu sonho realizado Alan Gomes como tantos outros milhares faleceu vitima da AIDS, mas a semente plantada naquele longínquo ano de 1989 floresceu e hoje é uma realidade respeitada e reconhecida por todos os seguimentos da sociedade.
PARADA PELA DIVERSIDADE SEXUAL HÁ DEZ ANOS NOSSA MAIOR BANDEIRA.
Na realidade a parada é apenas uma das muitas frentes de luta que o GRAB assume em sua história e figura como mais uma de suas inúmeras conquistas como a lei anti-discriminação 8.211 de 1998, o prêmio Sheila Cortopassi de Oliveira, pelo trabalho desenvolvido junto a pessoas vivendo com HIV/Aids, independente de sua orientação sexual, a lei nº 8626 de autoria da então vereadora Luizianne Lins que inclui no calendário oficial de Fortaleza o dia da consciência homossexual isso só para citar algumas. Mas a parada pela diversidade tem uma visibilidade internacional e a dez anos apenas 300 pessoas atenderam ao “chamado” para sair do “armário” e mostrar a cara pelo direito de existir, ano passado graças claro a credibilidade do GRAB essas 300 pessoas se transformaram em 800.000 na maior manifestação política e cultural do estado e este ano devemos ultrapassar a marca de um milhão de pessoas na beira-mar.
NA ASSEMBLÉIA UMA JUSTA HOMENAGEM.
Na última quinta-feira dia 02 por solicitação de Andrea Rossaty (Assessora LGBTT do governo do estado), que fez na ocasião um discurso emocionante e do Deputado Dedé Teixeira a Assembléia Legislativa realizou uma sessão solene para homenagear o GRAB pela passagem de seus 20 anos.
JANAÍNA DUTRA
Uma das personalidades que fizeram parte da história do GRAB e lembrada durante a solenidade foi Janaína Dutra, primeira vice-presidente da entidade e a primeira presidente e uma das fundadoras em 2001 da ATRAC (Associação de Travestis do Ceará), falecida em fevereiro de 2004 vitima de um câncer.
Janaína foi a primeira e até agora única travestir formada em advocacia no Brasil.
LUIS PALHANO RECEBE HONRRARIA.
Morto a 1º de maio de 2008 em Crateús (CE) por motivações homofóbicas, Luis recebeu uma placa entregue por MItchelle Meira (Coordenadora de Políticas Públicas para Diversidade Sexual de Fortaleza) a sua mãe que muito emocionada compareceu a câmara junto com a irmã de Palhano.
SEM COBERTURA.
A exceção de nossa equipe, nenhum outro meio de comunicação voltado ao público LGBT do estado se fez presente a solenidade, o que demonstra que a mídia LGBT do Ceará em sua grande maioria continua virando as costas para as questão mais importantes que é a Luta não só do GRAB mas de todas as outras entidades e políticos pelos nossos direitos e contra o pré-conceito.
Vale ressaltar que não recebemos convite da entidade para comparecer o que certamente deve ter ocorrido com os outros veículos de comunicação o que apesar de não justificar a ausência demonstra uma falha por parte do GRAB ao “excluir” de seus eventos estes veículos que podem e devem ser usados como mecanismos e parceiros na divulgação de suas idéias e conquistas.
Desde março de 2007 o Grupo de Resistência Asa Branca está sob o comando de Francisco Pedrosa (Chico Pedrosa) que vem de maneira integra e segura mantendo e ampliando nossas conquistas.
COM A PALAVRA CHICO PEDROSA.
Sempre muito simpático e acessível Francisco Pedrosa recebeu nossa equipe logo após a solenidade para colocar a visão do GRAB em algumas questões.
Da Solenidade
É importante para visibilizar a luta LGBT, a luta pelos direitos humanos que o GRAB realiza a 20 anos de maneira conseqüente, de maneira séria, pois ouve grandes avanços, grandes conquistas mas ainda à muito o que fazer no sentido de combater a hofobia o sincretismo o racismo de maneira integrada acabando com esses males que tanto mal fazem a nossa sociedade.
Caso Palhano
A presença de Dona Expedita mãe de Luis Palhano junto com irmã e irmãos nos emocionou muito, nos temos acompanhado o suspeito que está detido em Cratéus e aguardando que o julgamento seja marcado, pois ele vai a júri popular e nós vamos continuar acompanhando até que ele julgado e pague por esse crime essa barbaridade que teve agravantes homofóbicos e que seifou a vida de nosso companheiro Luis Palhano.
Convite para lutar.
Faço um convite para que as pessoas se juntem a militância a luta pelos direitos da comunidade LGBT não só no GRAB mas em outras entidades que existem em outros municípios do Ceará e em outros estados porque a luta precisa de pessoas e grupos que encampem os enfrentamentos as dificuldades que são muitas, para que a homofobia seja combatida social e culturalmente.
GRAB na Web
O Grupo de Resistência Asa Branca agora disponibiliza um site oficial da entidade que funciona como mais um canal de comunicação com aquelas pessoas que querem ficar por dentro do dia, dia do GRAB e que buscam seus direitos.
Para facilitar ainda mais este acesso e ampliar o poder de alcance de mais esta “arma” na luta do GRAB contra o preconceito. O Onixdance disponibilizou em sua página principal uma “janela” aonde os onixnautas têm acesso direto ao site de nossa entidade, cumprindo assim uma parte de nossa responsabilidade social e dando uma pequena contribuição nesta árdua luta contra a homofobia e o preconceito.
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