Após séculos de perseguição aos homossexuais, a Igreja Católica, surpreendentemente, emitiu um comentário em prol da comunidade LGBT. Em anúncio oficial nesta sexta-feira, dia 12 de dezembro, o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, defendeu a descriminalização da homossexualidade em todos os países onde ela ainda é proibida.
"A Igreja é a favor da descriminalização da homossexualidade, ela não apóia leis penais que considerem crime a homossexualidade", afirmou Lombardi. Em seguida o porta-voz, porém, voltou com o velho discurso da Igreja: "o matrimônio entre homem e mulher é o único que a Igreja apóia e não aceita colocar no mesmo patamar casamentos entre pessoas do mesmo sexo".
Conforme publicou a Ansa, a declaração de Lombardi é uma resposta às críticas de organizações LGBT e dos direitos-humanos, que diziam que a Igreja Católica não defenderia a descriminalização da homossexualidade. De acordo com o porta-voz, este tema é um “assunto misterioso”, já que nenhum texto sobre este tema foi apresentado na Organização das Nações Unidas.
ONU
Em setembro passado Rama Yade, ministra dos Direitos Humanos e das Relações Exteriores da França, salientou que brigaria na União Européia pela descriminalização universal da homossexualidade. A declaração foi feita durante a 61ª Conferência Anual das Organizações Não-Governamentais.
Rama disse também que entregaria na ONU até o final do ano um documento assinado por todos os países membros da União Européia. Estima-se que a homossexualidade é considerada crime em 80 países ao redor do mundo.
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