Segunda-feira com cara de quarta-feira de cinzas na Bahia. Esse foi o clima que rolou na capital baiana após a VII Parada Gay da Bahia que na tarde de ontem reuniu mais de 500 mil pessoas no centro de Salvador.
Parecia que não iria começar, mas teve inicio o cortejo às 15hs, como nos velhos tempos, mesmo que pesasse a pressa da Polícia Militar para que fosse dada largada em direção ao percurso tradicional, feito há sete anos. O clima estava de alegria sob um céu de brigadeiro até o verde das árvores do centro de Salvador pareciam que também comemoram o dia do Orgulho Gay.
O trio oficial com lotação quase no limite, estavam Luiz Mott, fundador do GGB, a cantora Michele Monnize, Negra Jho, mestra de cerimônia Andrezza Lamarck, jornalista Rita Batista, Gerônimo, madrinha e embaixador, respectivamente entre outros convidados, como Bete Wagner, ex-vice prefeita de Salvador. Mott iniciou saudando aos presentes, com o seu clássico “A Bahia é Gay” ao tempo que destacou que a Bahia é o Estado brasileiro onde ocorreu no não passado mais de dezoito homicídios contra homossexuais.
Mott, também destacou ausência do Governador da Bahia de todos nós. Gerônimo, simpático, esbanjando alegria em estar presente naquele momento, fez discurso e finalmente cantou para Oxum, um dos seus clássicos, entre outros.
Comandando o som os Djs Adrina Prates e Luiz Santoro, tocaram sucessos das pistas internacionais. Era cerca de 17hs quando o trio oficial, abre alas da VII Parada Gay retornou passando a frente do Hotel da Bahia, ponto final de todos os trios.
Protesto contra os crimes de ódio e politização da marcha – Nem tudo foi somente alegria a começar pelo slogan Homofobia é Crime, seu voto vale sua vida. Todos os trios proferiam palavras de ordem contra a homofobia. O terceiro trio da Diva Dion, cruzava a Casa da Itália em direção a Praça Castro Alvo, quando se pára a música eletrônica e ao invés do stunt, stunt, batida elétrica. Uma capela da canção oração Ave Maria, chama atenção para os crimes ocorridos na Bahia quais tiveram como motor a intolerância sexual. Paralelo a música diversos componentes do trio portavam cruzes de madeira, bandeiras e roupas pretas em alusão aos crimes, as mortes violentas de homossexuais. Ao microfone Dion cobrava punição exemplar a esses homicídios. No trio, muitas transformistas, gogo boys, convidados e servia-se coquetel com cerveja e petiscos variados.
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