Cinco suspeitos comparecem perante polêmica corte militar em Guantánamo.
Cinco homens acusados de planejarem e ajudarem na execução do plano dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, compareceram, nesta quinta-feira, perante uma corte militar na base de Guantánamo, em Cuba.
Esta será a primeira vez que o grupo será acusado formalmente em um julgamento.
Entre os cinco está o suposto mentor do plano, Khalid Sheikh Mohammed. Segundo o correspondente da BBC para assuntos de segurança, Rob Watson, Mohammed é considerado o mais importante integrante da Al-Qaeda já capturado - ele seria o terceiro no comando da organização.
A promotoria pede a pena de morte para todos os cinco réus.
Um dos poucos homens de origem paquistanesa entre os árabes no comando da organização, Mohammed foi chamado pelos Estados Unidos e "um dos terroristas mais infames da história".
Em 11 de setembro de 2001, 19 homens seqüestraram quatro aviões, três dos quais se chocaram contra as torres do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington. O quarto avião caiu na Pensilvânia. Cerca de 3 mil pessoas morreram.
Legitimidade
Segundo o correspondente da BBC Jonathan Beale, um dos 60 jornalistas que assistirão ao tribunal, os depoimentos dos réus levanta uma série de questões relativas à legitimidade das comissões militares dos Estados Unidos.
Depois de sua captura, no Paquistão em 2003, Mohammed foi mantido em uma prisão secreta da CIA e a própria organização admitiu ter usado uma polêmica técnica de interrogatório que simula a sensação de afogamento (waterboarding).
De acordo com Rob Watson a CIA admite o uso desta técnica com apenas três prisioneiros e Mohammed é um deles. Promotores militares americanos afirmam que ele e os outros réus teriam confessado seus crimes em interrogatórios mais "benignos".
Há dois anos, Mohammed foi transferido para Guantánamo.
Militares americanos afirmam que, além de admitir o envolvimento nos ataques de 11 de setembro de 2001 em Washington e Nova York, ele também confessou o envolvimento em outras 30 ações terroristas em todo o mundo, incluindo planos de ataques contra o Big Ben e a área de Canary Wharf, em Londres.
Mohammed também teria admitido ser o responsável pela decapitação do jornalista Daniel Pearl, no Paquistão, em 2002.
Outros suspeitos
Os outros suspeitos são Ramzi Binalshibh, saudita, descrito pelos Estados Unidos como o coordenador dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Mustafa Ahmad al-Hawsawi, outro saudita que, segundo serviços secretos americanos, teria sido usado por Mohammed para financiar o seqüestro dos aviões em setembro de 2001.
Ali Ban al-Aziz Ali, também conhecido como Amar al-Balochi, acusado de servir como um importante assessor de Mohammed, que é seu tio, na organização dos planos de ataque.
Walled bin Attach, iemenita que, segundo o Pentágono, admitiu ter planejado o ataque contra o destróier americano USS Cole, no Golfo de Aden, em 2000, que matou 17 marinheiros. Ele também é acusado de envolvimento nos ataques de 11 setembro de 2001.
Ao todo, as acusações incluem "169 atos cometidos pelos réus para promover os eventos de 11 de setembro" de 2001.
Os réus deverão ser julgados em um polêmico tribunal militar sob os termos do Ato das Comissões Militares, criado para julgar suspeitos de terrorismo que não sejam cidadãos americanos e aprovado pelo Congresso americano em 2006.
Cinco homens acusados de planejarem e ajudarem na execução do plano dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, compareceram, nesta quinta-feira, perante uma corte militar na base de Guantánamo, em Cuba.
Esta será a primeira vez que o grupo será acusado formalmente em um julgamento.
Entre os cinco está o suposto mentor do plano, Khalid Sheikh Mohammed. Segundo o correspondente da BBC para assuntos de segurança, Rob Watson, Mohammed é considerado o mais importante integrante da Al-Qaeda já capturado - ele seria o terceiro no comando da organização.
A promotoria pede a pena de morte para todos os cinco réus.
Um dos poucos homens de origem paquistanesa entre os árabes no comando da organização, Mohammed foi chamado pelos Estados Unidos e "um dos terroristas mais infames da história".
Em 11 de setembro de 2001, 19 homens seqüestraram quatro aviões, três dos quais se chocaram contra as torres do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington. O quarto avião caiu na Pensilvânia. Cerca de 3 mil pessoas morreram.
Legitimidade
Segundo o correspondente da BBC Jonathan Beale, um dos 60 jornalistas que assistirão ao tribunal, os depoimentos dos réus levanta uma série de questões relativas à legitimidade das comissões militares dos Estados Unidos.
Depois de sua captura, no Paquistão em 2003, Mohammed foi mantido em uma prisão secreta da CIA e a própria organização admitiu ter usado uma polêmica técnica de interrogatório que simula a sensação de afogamento (waterboarding).
De acordo com Rob Watson a CIA admite o uso desta técnica com apenas três prisioneiros e Mohammed é um deles. Promotores militares americanos afirmam que ele e os outros réus teriam confessado seus crimes em interrogatórios mais "benignos".
Há dois anos, Mohammed foi transferido para Guantánamo.
Militares americanos afirmam que, além de admitir o envolvimento nos ataques de 11 de setembro de 2001 em Washington e Nova York, ele também confessou o envolvimento em outras 30 ações terroristas em todo o mundo, incluindo planos de ataques contra o Big Ben e a área de Canary Wharf, em Londres.
Mohammed também teria admitido ser o responsável pela decapitação do jornalista Daniel Pearl, no Paquistão, em 2002.
Outros suspeitos
Os outros suspeitos são Ramzi Binalshibh, saudita, descrito pelos Estados Unidos como o coordenador dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Mustafa Ahmad al-Hawsawi, outro saudita que, segundo serviços secretos americanos, teria sido usado por Mohammed para financiar o seqüestro dos aviões em setembro de 2001.
Ali Ban al-Aziz Ali, também conhecido como Amar al-Balochi, acusado de servir como um importante assessor de Mohammed, que é seu tio, na organização dos planos de ataque.
Walled bin Attach, iemenita que, segundo o Pentágono, admitiu ter planejado o ataque contra o destróier americano USS Cole, no Golfo de Aden, em 2000, que matou 17 marinheiros. Ele também é acusado de envolvimento nos ataques de 11 setembro de 2001.
Ao todo, as acusações incluem "169 atos cometidos pelos réus para promover os eventos de 11 de setembro" de 2001.
Os réus deverão ser julgados em um polêmico tribunal militar sob os termos do Ato das Comissões Militares, criado para julgar suspeitos de terrorismo que não sejam cidadãos americanos e aprovado pelo Congresso americano em 2006.
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