O alerta vem dos médicos infectologistas. Embalados pela noitada, bebidas e sexo inseguro, jovens brasileiros entre 20 e 30 anos estão recorrendo ao coquetel anti-Aids no dia seguinte à balada.
No Rio e em São Paulo, temos informações que isso já é algo preocupante, principalmente porque os medicamentos são comercializados ilegalmente em raves (festas de música eletrônica), afirma a infectologista Tânia Marcial, que é membro da Sociedade Mineira de Infectologia.
A presidente nacional do Grupo de Apoio à Prevenção da Aids (Gapa), Patrícia Werlang, também reconhece a demanda. Ela admite que pessoas recorrem ao grupo em busca de informações sobre o chamado coquetel do dia seguinte. Há demanda. Porém nosso trabalho é orientar o jovem a procurar um especialista. Desenvolvemos uma ajuda na base, na formação da consciência de prevenção sexual para evitar demandas como essa, ressalta.
Comprovação. O coordenador científico da Sociedade Mineira de Infectologia, Antônio Carlos Toledo, explica que, apesar da demanda, ainda não foi realizada nenhuma pesquisa científica controlada que comprove a eficácia do uso do coquetel no dia seguinte na prevenção da infecção da Aids.
O que existe são pesquisas um tanto limitadas com mulheres vítimas de estupro. Nesses casos, as participantes dos estudos que receberam o tratamento profilático não desenvolveram a doença. O grande problema é o fato de não se saber se o agressor era ou não portador do vírus HIV.
Os trabalhos mais rigorosos envolvem os profissionais de saúde infectados acidentalmente pelo vírus. Nesses casos, segundo as estatísticas, as taxas de sucesso chegam a 80%.
Camisinha. Médicos infectologistas alertam que a melhor forma de prevenção da Aids, no momento, ainda é o uso do Preservativo masculino durante todas as relações sexuais. Este não é, em definitivo, o momento de deixar o Preservativo de lado, escreveu o médico norte-americano Dan bowes em um artigo sobre as conseqüências da profilaxia com remédios usados no tratamento da Aids.
O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Carlos Starling, lembra que o coquetel anti-Aids é fornecido pelo governo para casos extremos, como estupros, e que seu uso deve ser autorizado apenas para essas situações. Starling alerta que nenhum médico infectologista deve recomendar o uso do coquetel do dia seguinte após uma noite na balada.
Juventude subestima o vírus
O uso do coquetel do dia seguinte reflete o forte risco de banalização da doença. As pessoas não podem deixar de se prevenir corretamente, e esse método não é um tipo de prevenção, esclarece o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Carlos Starling.
Segundo o coordenador científico da Sociedade Mineira de Infectologia, Antônio Carlos Toledo, os jovens de hoje não têm consciência do que significa estar infectado pelo HIV. Pessoas mais novas não vivenciaram a doença como ocorreu com jovens da década de 80. Nessa época, muitos tiveram um parente, amigo ou conhecido que morreu de Aids.
Para Toledo, há uma mudança na postura comportamental entre jovens de hoje e os da geração anterior em relação à Aids. São três fatores: a idéia de curtir a vida, o momento, e deixar pra resolver os problemas depois. A síndrome do super-herói, típica do adolescente que acredita ser invulnerável a tudo. E a percepção equivocada de que a Aids tem cura, afirma.
Sobre o terceiro ponto, o médico faz o alerta: A Aids ainda não tem cura, tem apenas tratamento, que acompanhará o infectado pelo resto da vida.
Fonte: O TEMPO
No Rio e em São Paulo, temos informações que isso já é algo preocupante, principalmente porque os medicamentos são comercializados ilegalmente em raves (festas de música eletrônica), afirma a infectologista Tânia Marcial, que é membro da Sociedade Mineira de Infectologia.
A presidente nacional do Grupo de Apoio à Prevenção da Aids (Gapa), Patrícia Werlang, também reconhece a demanda. Ela admite que pessoas recorrem ao grupo em busca de informações sobre o chamado coquetel do dia seguinte. Há demanda. Porém nosso trabalho é orientar o jovem a procurar um especialista. Desenvolvemos uma ajuda na base, na formação da consciência de prevenção sexual para evitar demandas como essa, ressalta.
Comprovação. O coordenador científico da Sociedade Mineira de Infectologia, Antônio Carlos Toledo, explica que, apesar da demanda, ainda não foi realizada nenhuma pesquisa científica controlada que comprove a eficácia do uso do coquetel no dia seguinte na prevenção da infecção da Aids.
O que existe são pesquisas um tanto limitadas com mulheres vítimas de estupro. Nesses casos, as participantes dos estudos que receberam o tratamento profilático não desenvolveram a doença. O grande problema é o fato de não se saber se o agressor era ou não portador do vírus HIV.
Os trabalhos mais rigorosos envolvem os profissionais de saúde infectados acidentalmente pelo vírus. Nesses casos, segundo as estatísticas, as taxas de sucesso chegam a 80%.
Camisinha. Médicos infectologistas alertam que a melhor forma de prevenção da Aids, no momento, ainda é o uso do Preservativo masculino durante todas as relações sexuais. Este não é, em definitivo, o momento de deixar o Preservativo de lado, escreveu o médico norte-americano Dan bowes em um artigo sobre as conseqüências da profilaxia com remédios usados no tratamento da Aids.
O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Carlos Starling, lembra que o coquetel anti-Aids é fornecido pelo governo para casos extremos, como estupros, e que seu uso deve ser autorizado apenas para essas situações. Starling alerta que nenhum médico infectologista deve recomendar o uso do coquetel do dia seguinte após uma noite na balada.
Juventude subestima o vírus
O uso do coquetel do dia seguinte reflete o forte risco de banalização da doença. As pessoas não podem deixar de se prevenir corretamente, e esse método não é um tipo de prevenção, esclarece o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Carlos Starling.
Segundo o coordenador científico da Sociedade Mineira de Infectologia, Antônio Carlos Toledo, os jovens de hoje não têm consciência do que significa estar infectado pelo HIV. Pessoas mais novas não vivenciaram a doença como ocorreu com jovens da década de 80. Nessa época, muitos tiveram um parente, amigo ou conhecido que morreu de Aids.
Para Toledo, há uma mudança na postura comportamental entre jovens de hoje e os da geração anterior em relação à Aids. São três fatores: a idéia de curtir a vida, o momento, e deixar pra resolver os problemas depois. A síndrome do super-herói, típica do adolescente que acredita ser invulnerável a tudo. E a percepção equivocada de que a Aids tem cura, afirma.
Sobre o terceiro ponto, o médico faz o alerta: A Aids ainda não tem cura, tem apenas tratamento, que acompanhará o infectado pelo resto da vida.
Fonte: O TEMPO
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